textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



terça-feira, 21 de junho de 2011

tempo previsível

definido. indefinido. não podemos limitar as coisas em suas totalidades ou intensidades. mas podemos prever (ou ver) seu fim próximo, quando não há mais planos, ilusões ou tentativas arriscadas. as coisas tem seu tempo programado, sendo longo ou curto, mas não há perda de valor por isso. tudo é importante quando vivido. porém, quando se deixa de insuflar, tal como um bolha sem ar, tudo deixa de existir e permanece em um distante passado. porque o ontem é passado. semana passada já é outra vida. tudo é volátil, volúvel e necessita de uma demanda de zelo.
deixamos de nos amar? deixamos de querer a presença do outro? ou deixamos de fazer esforços para isso acontecer? deixamos isso acontecer. é isso. não há um culpado. somente a ação feita por um e aceita pelo outro. logo, ambos deixamos que isso acontecesse. ambos fomos expectadores da nossa própria peça teatral, sem sermos mais os personagens principais.
e o que teremos agora? bem, o que teremos agora será uma mera e doce lembrança das coisas fantásticas que foram vividas. sem mágoas, mas com os modos que já sabemos como serão. você sabe e eu sei. ainda existe a paixão? sim, existe. mas ela deixou de existir quando deixamos de ser importantes um para o outro.