textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Prostitutas.


"Os homens, para não dizer os seres, buscam na buceta, nas surubas, nos bordéis e até mesmo na "cópula" mais reacionária, o mesmo que os crentes buscam na cruz, nos evangelhos, nos cultos e no demônio. O cinismo da mulher atéia - aquela que não deifica sua buceta. E que a vende pura e simplesmente aos viciados do planeta - os atordoa e os aterroriza..."
Livro: Prostitutas, Bruxas e Donas de Casa - Ezio Flávio Bazzo.
prostituição: (lat prostitutione) 1 Ato ou efeito de prostituir ou de prostituir-se. 2 Vida de devassidão, de impudicícia; vida das prostitutas. 3 O conjunto das prostitutas. 4 Profanação. 5 Dir Modo habitual de vida da mulher que se entrega à prática, retribuída, do trato sexual.
Confesso que tenho grande apreço pelo que relaciona-se com lúxuria. Com o submundo humano, com o pecado... É certo que desperta-me grande curiosidade.
Prostitutas são as mulheres mais corajosas que passa-me pela cabeça. Vender seu próprio corpo à qualquer desconhecido por dinheiro. Não temos idéia o que deve passar na cabeça, na vida e sentimentos dessas mulheres que tem por profissão, a mais antiga do mundo!
Dedico esta a todas as corajosas mulheres, vendedoras de seu próprio corpo e sexo. Que delas sejam o reino dos Céus.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Busca de um ser em complexa existência.

Observei algumas gotas cairem sobre o céu cinzento de Sampa. Vi algumas lágrimas cairem de meus sentidos sem rolarem por minha face. Senti meu coração apertar e meu estômago doer. E novamente, ele volta para gritar por socorro. Minha dor estomacal. Acho tão fácil saber sobre minha raiva, sendo que meu interior grita quando minha voz cala-se.
Esperei durante muito tempo para chegar onde estou. E irei esperar mais uma centenas de vezes para chegar onde quero. Paciência é coisa dos deuses, faço parte deles.
Não sei se levo minha vida muito simplesmente ou se a simplicidade leva minha vida.
Não tento distinguir algo que pode confundir-se. E não quero confundir algo para distinguir-se.
Cansei de dizer que busco a felicidade ao fim do túnel, porque vejo que ela não está lá! E descubro isso depois de muito caminhar à sua busca! Quem criou essa filosofia de vida?
Cansei de muita coisa... estou cansando de muitas coisas.
Minha vida, póstumamente posta em uma folha de papel vegetal e mastigado por alguma boca fálida.
Não tentarei mais mostrar quem sou, é inválido! É estupido mostrar que, a Sam, é mais que Sam. É a Samira que fui, sou e serei SEMPRE!

Desabafo de alguém, que por hoje, está cansada de muita coisa. Quem sabe algo melhore depois de mais uma noite de insônia...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Quantos nomes para um só.



Já questionei-me sobre a verdadeira identidade de Deus.


Alá, Buda, Krishna, Deus, Jeová, Oxalá, ...


E pergunto-me: de que vale a fé do que um punhado de energia concentrada?


Será que não há um verdadeiro Deus milagreiro dentro de nós mesmo?


Acredito que há sim.


Nós somos esse punhado de energia. Tanto positiva quanto negativa.


Não acredito nessa hipótese de que temos de ter medo de algo que nos tenha moldado à sua imagem e semelhança.
Não acredito em nada que seja imposto, em nada que não tenha explicação óbvia!

Acredito em minha própria capacidade de fazer!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Um pouco de mim mesma, na voz de outrem.

Esquadros

Adriana Calcanhotto

Eu ando pelo mundo prestando atenção
Em cores que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo, cores
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca,
Uma cápsula protetora
Eu quero chegar antes
Pra sinalizar o estar de cada coisa
Filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome nos meninos que têm fome

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde?
Transito entre dois lados de um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo, me mostro
Eu canto para quem?

...

Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço?
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado

...

Essa composição de Adriana, fala muito de quem fui, quem sou ou o que serei.

Ainda não encontrei resposta de minhas perguntas, e as procuro constantemente.

Vejo as coisas passarem, as pessoas passarem, a vida passar e levar muito de meu ser, minha essência.

"Há pessoas que passam por nossas vidas e se vão. Mas há que não somente passam, mas levam consigo um pouco de nós mesmos."

Um dia, ainda viverei minha utopia completamente!