textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



terça-feira, 30 de setembro de 2008

.saudade.

1 Recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes, ou de coisas passadas. 2 Nostalgia.

saudade, talvez, seja o sentimento de perda de algo que nunca tivemos.
a "dor" que sentimos, é pela perda, pelo apego, pela carência, pela ilusão.
mas qual seria o segredo para nos livramos desse sentimento de perda?
repôr algo no lugar? acho melhor não.
substituições é algo que não tolero muito.
existe outra forma?

estou nessa busca...

enquanto isso, vou aprendendo com esse sentimento que, me faz chorar às vezes,
mas me faz ser forte e lembrar de quem sou.

ps: hoje, sou muito mais eu.

sábado, 27 de setembro de 2008

.canto para quem?.

sábado de noite fria.
depois de um dia cheio, mas bem proveitoso, resolvo dar um pulo na internet e vêr as novidades e gritos de socorros por e-mails. mas, quando abro minha caixa de e-mails, o que mais queria, não encontro. por quê me torturo ainda esperando por isso?
abro meus vídeos para vêr algumas gravações da Adriana Calcanhotto e encontro uma gravação do dia do show no Citibank Hall, aquele em que fui... naquele fim de semana que foi sempre o que quis. lembro daquele dia, quando ela cantou "meu mundo e nada mais" do Guilherme Arantes e, agora, fico lembrando daquele dia, daqueles dias... por quê teve um fim?! por quê parei de sorrir com tanta paixão que irradiava por meus lábios?
pode ser louco e, no fundo é. não sei se te amo ou sinto algo intraduzido até agora, mas sinto muito pelo fim de nossos dias; sinto muito por não papear mais contigo; sinto por não te vêr sorrir mais... sinto que, por vezes, você tenha entrado na minha vida e dilacerado meu coração, ou não querer ficar de fato comigo; sinto por você não me ligar; sinto por não ouvir seu "oi", sinto por não vêr mais seu gato, por quem havia me apegado; sinto por não sentir mais seu corpo, seus beijos, sua pele; sinto, sinto, sinto, sinto, sinto, sinto muito mesmo.
não sei se nos veremos um dia novamente, se iremos tomar outro café (aquele que só você consegue fazer com que esfrie no meu copo). não sei nem se você se lembra de mim ou se sente falta de algo.
algo que talvez tenha se perdido...
como se perdeu?...
não sei, não sei, não sei,...

já não sinto mais nada. nem frio, nem calor, nem amor, nem dor.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

.palavras.

As vejo como se fossem borboletas em pleno vôo.
Umas vem, outras vão. Sempre sem rumo certo de pouso.
Entre uma que entra garganta a dentro e outra que sai através de uma caneta azul com letras tremidas, vão sendo criadas palavras descritas de emoções.
Talvez, encontre uma forma de apanhá-las!
Uma rede que atraca-as como se fossem samurais em luta!
Mas seria duvidoso isso.
Como apanhar algo que não vejo, mas que sinto?

Como pedir para um poeta que traduza sua musa em poucas linhas?

Palavras são vistas soltam e entregues ao vento.
Palavras são arrancadas de minhas entranhas quando penso já não tê-las.
Palavras são postas em um banquete aos deuses, um banquete para não mortais.
Palavras são apenas verbos, conjunções, escritas em uma letra feia e tremida.
Palavras são sentidos jogados sobre a mesa como o vidente joga os búzios.
As que eu perceber o significado, são apanhadas.
As que não me disser nada, são largadas de canto.
Talvez, ainda não seja o momento delas aparecerem.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

.ensaio sobre o esquecimento.

algumas coisas jamais serão esquecidas. outras, nem nos lembramos mais.
o que devemos guardar na memória? o que devemos jogar na lixeira do esquecimento?
possuimos fatos que serão sempre lembrados: algumas primeiras vezes, pessoas, lugares, músicas,... mas o que, de fato, deve ser esquecido? o passado, como já diz a palavra, é passado e não tem volta. e quando queremos esquecer o que vivemos... o que fazer?
alguém me diria que é a prática do desapego, do deixar pra lá, do completar contextos.
algumas vezes, essas respostas não me são suficientes. gostaria que houvesse uma pílula que apagasse algumas ações|fatos que, quando lembro, me entristece. mas, se me entristece, por que insisto em lembrar?! parece que me faço de capacho alheio... isso não é bom.
preciso tomar providência sobre o que fazer com minhas memórias. (aberta à sugestões).
seria algo como "ensaio sobre o esquecimento".

terça-feira, 16 de setembro de 2008

.veneno antimonotonia.


"eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida..."

estou sentindo uma forte monotonia em minha vida. mas não é de sair ou de mudar meu cotidiano, é de ter algo mais forte que faça dos meus dias frios, os mais quentes possíveis. passei por altos e baixos, casos e acasos, dúvidas e razões. mas o que me vale tudo isso?
busco entender o que muitos pensadores escreveram à muito tempo, que julgamos ser importantes hoje. mas de que vale tanto conhecimento se não posso mudar esse cruel mundo que nos rodeia ou que faz tantos sofrerem? de que vale estudar e ser elogiada por pessoas se, no final de mais uma noite, volto para casa cansada de tudo.
já não sei se o que faço vale algo, se agracia alguém.
gostaria de ter respostas e que sei que não as terei.
já pensei em largar tudo, abrir mão de uma vida acadêmica e ir viajar. colocar uma mochila nas costas e dizer "hasta luego". mas seria mais incerto ainda. largar e fugir é ter medo. e isso não quero.
"já pensei em te largar, já olhei tantas vezes pro lado..."
tenho curiosidade sim de saber como será meus caminhos de amanhã, quem passará em minha vida, ... .
tenho dúvidas latentes, diria que diárias.
mas sei que tudo isso depende de minha caminhada, de minhas construções de hoje.
"plantar coisas boas, sem barganhar a colheita"
eu vou esperar. eu vou tentar. eu vou conseguir.

"coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz.
coragem, eu sei que você pode mais..."

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

.meu particular.


em estado de reflexão constante nesses tempos, notei em minhas memórias que, no decorrer de um ano, foram poucas as semanas em que estive sozinha. parece que fiz uma ciranda de casos e acasos.
fiz um laço de pequenos desastres sentimentais em minha vida. tanto de minha parte, afinal, sei que nem em todos os casos eu fui muito legal, mas como outros também foram comigo.
estou emocionalmente gasta.
por isso, depois de muito pensar e, na descrença de meus amigos (alguns acham que tenho uma vida super cheia de pessoas à toda hora!), decidi ficar um tempo sozinha... eu, eu mesma e samoca.
eu quero aprender um tanto mais sobre quem sou, meus limites, anseios, força de vontade.
quero conhecer um tanto mais sobre meus amigos, minha família, o meu meio social mesmo.
e parece que, só quando fico sozinha mesma, tenho tempo para dedicar à algumas coisas que me fogem em tempo.
e fora que estou precisando estudar...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

.entre amor e ódio.

existem coisas que sabemos, mas se torna concreto quando são palavras de outrem. em um momento de completa fragilidade, alguém me disse, alías, várias pessoas me disseram coisas sobre mim mesma que me deixaram, na palavra mais feia e suja do português, putamente feliz!

farei de tudo e um pouco para não lhe odiar. sei que nossa convivência agora é uma incógnita. paciência! no fundo, talvez você tivesse razão: vivemos um contexto. foi bom, mas acabou.

você me fez querer ser melhor, conseguir coisas que pareciam impossíveis. porém, descobri que isso devo fazer por mim, que a vontade que surge é minha. não é por você. é por mim.

somos pessoas maravilhosas.

por isso quero lhe desejar uma boa vida.

vai com luz.

segue teu caminho...