textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



domingo, 30 de dezembro de 2007

Promessas para 2008.

acho que todos chegam nesses dias de fim de ano e começam à fazer retrospectivas e lamentações.
só que isso eu fiz na postagem passada, então quero falar de meus planos para 2008.

meus planos para 2008?! deixo em dois pontos de exclamação!

quero encontrar meus amores, revêr planos passados e ocultos. tirar casquinhas de feridas de uma vez por todas e esquece-lás. quero sentir o medo que me privei. quero passar noites em claro na rua peixoto gomide jogando sinuca.
beber com a Fernanda no Ponto Ideal e estar com ela nessa nova fase. fazer mais tatuagens com o Fly. quero passar mais tardes com o Ricardo deitados conversando. quero ir para a casa do Brito e passar nossas tardes torrando queijos infinitos e ouvindo Pearl Jam. quero ir para a casa da Andréa raspar as tigelas de bolo e trocar confidências. quero passear com o Rafitchas pela av. paulista tirando fotos e ir para mogi refletir. quero estar com a Carol nesses tempos e sem deixar de ir jogar siunca lá na fogazza. quero sair da esp com a Bião, passar no Freitas e ir de metrô para casa. quero dançar mais com o Brunão nas baladinhas e aprender a dançar com ele. quero rir muito com a Maitê quando o nariz ficar dormente. quero conversar mais com o pessoal da minha sala, conhecer cada um deles. quero estudar mais esse ano.
quero estar mais com minha mãe e que nossas complicações passem.
talvez, voltar a falar com meu pai... quem sabe?

mas quero estar mais comigo mesma.
e essa é minha maior promessa!
que venha 2008 com muita luz e força!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Análise anual...

fiz uma retrospectiva dos meus atos desse ano e observei minhas conquistas e perdas.
não ocorreram muitas perdas, suposto que vieram com ganhos pessoais.
na prova desse ano, mudei de moça para mulher.
meus desejos tomaram forma e força. deixei a ilusão para trás e vivi o real.
deixei medos, sai do escuro, mostrei e dei minha cara à tapa.
sofri, gritei, amei, transei, sonhei, fumei, tomei novas doses,
experimentei gostos amargos, doces e vagos.
tive pessoas calorosas, passageiras, transas por transas, beijos por beijos,
pessoas frias e que não fizeram nem cócegas nos meus pés.
expandi minha mente na faculdade, conheci pessoas que aprendi a amar e admirar.
conheci novos amigos, companheiros e ombros amigos.
tive prazer em ir pro bar botecar sociólogia e filosofia.
não posso dizer que perdi tempo nesse ano, aprendi mesmo com tudo o que aconteceu.
sobre confiança, a merda de moral, aprendi que Deus está morto mesmo, que o labirinto tem saída, que os cegos enxergam e os surdos ouvem.
aprendi que meu coração bate quando eu penso que ele falha.
conheci minha colombina querida! minha adorada!
acho que minha maior análise sobre esse ano é:
tive a oportunidade de vêr quem sou!
ADOREI!

boa passagem de ano e que venha uma caminhada de muita luz e força!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

o que faz um sociólogo?


hoje me perguntaram o que faz um sociólogo

(e já me perguntaram por deveras vezes...)

e tive vontade de responder que nos formamos para ser ociosos ou bêbados deprimidos.

mas respondi com a cordialidade de uma moça

que trabalhamos com terceiro setor, assessoria política e etc etc...


mas, por favor!


nossa principal função é PENSAR! e como fazemos isso!!!

não vou me formar e ser boçal como muitos por ai.

quero fazer algo de fato! e farei!
o que faz um sociólogo?...

ainda persisti na velha utópia de mudar as coisas e melhorar o mundo!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Hoje...

essas pessoas com seus jeitos diferentes.

os pensamentos fluindo e as bocas tagarelas.

seus braços erguidos, suas cabeças coçantes, suas risadas esgarçadas.

o Chico cantando com um piano ao fundo...

eles falam sobre revolução, música, cerveja, companhia,...

meninos, meninas, pés descalços, colares enfeitando.

a alegria espelhada em seus olhos.

a parede vermelha, o chão de taco, uma lousa com dizeres de "Corinthians segunda divisão!".

o que essas cabeças pensantes gesticulam enquanto vagam pelo nada?

dizem sobre a origem de nada.

debatem sobre samba, futebol e utópias juvenis.

uma flor chega cantando e rodando.

só quero deixar marcado esse dia.

... dias de alegria!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

fim de ano... nostálgia em vista...


todo fim de ano é a mesma coisa...

sinto-me em um redemoinho turbilhoso que não pára (só vai acabar lá pra fevereiro, quando entro em meu inferno astral).

descobri que preciso de um psicólogo. quem sabe fazer terapia me caia bem?

pelo que vejo, grande parte dos sociólogos sentem-se frustrados procuram ajuda de um profissional.
frustrados porque não podem fazer um terço do que gostariam para melhorar essa loucura que vivemos.
aliás, o único terço que tenho ouvido falar é o do papa, que já nem lembro do nome.
ai me faz lembrar do natal. a comemoração mais chata que existe!

o que me vale, é que minha mãe cozinha bem, e passo a noite inteira comendo e bebendo. fora a reunião de família, que se odeiam o ano todo, falam mal de tudo, se amam e se abraçam como em um teatro!

ai está! a vida é um teatro! e somos meros atores impostores sem talento algum!

por favor, saiam pela porta dos fundos.

não farei da minha vida um espetáculo!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Com calma...

confesso que essa semana foi bem tensa, um turbilhão de pensamentos, de coisas esvaziando meu coração...
mas de que vale a vida, se ela é pra ser vivida?
eu me perdi nessa idéia de moral também... nunca parei de fato para pensar nisso...
de que vale a nossa vida, nossas idéias, nossos amores...?

estou em um transe incrível e avaliando meus atos feitos nos últimos 20 anos!
o que eu fiz de mim mesma e o que estou fazendo?
seria uma utópia dizer que já não sei mais nada e não quero saber?

hoje fico assim: tento rever sobre minha vida.

http://www.youtube.com/watch?v=bSwSTnBK64c

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Traição.

"trai.ção (lat traditione) ato ou efeito de trair. quebra de fidelidade prometida e empenhada; aleivosia, intriga, perfídia. surpresa inesperada; emboscada
do sentimento de enganação, desdém, sem honra.

Nietzche já dizia: Deus está morto. E como crêr em algo que já morreu. Somos ensinados a ter fé em algo que nunca vimos, ouvimos e tocamos.

Como não acreditar nas pessoas? E mesmo que somos traidos, como superar isso sem tocar em feridas? Sem tentar ser firme quando as pernas são bambas?
Minha mãe ensinou sobre honra, verdade e fidelidade. E confesso ter por demais com meus amigos. Os amo sem limites e os tenho em meu coração. Confesso que são poucos os verdadeiros, já conhecem-me muito bem, sabem até que ponto minha sanidade acalma a insanidade.
Seria a dualidade em jogo? Seria a moral do bem e mal?
Como, nós mulheres, podemos superar certas coisas que são fixadas no coração, sem ficar com pesar e lástima?
hoje sou composta de dúvidas, pensamentos e trabalho ardúo sobre o que sinto.
meu coração é pesado hoje, mas não quero ficar assim.
preciso abster as coisas que me fazem mal, me fazem pesar o coração.
que não seja a última vez a minha fé no indíviduo como ele é.
como diria Nelson Rodrigues:
A vida como ela é."

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

...

Essa noite eu tive um sonho, e confesso, um sonho muito estranho mesmo.
Sonhei que estava numa rua e havia muitas crianças brincando, mas uma criança vinha na minha direção.
Era uma menina gordinha, com cabelos enroladinhos e claros, e sorria pra mim porque era eu mesma com quatro anos de idade. Estava a Samira de 20 anos defronte a Samira de 4 anos. Qual seria à real diferença entre ambas?
E quando comecei a conversar com a Samira-criança, minha mãe veio indagando quem eu era e o que queria com a pequena dela.
E como explicar pra ela que era eu mesma, só que 16 anos mais tarde?

Esse sonho foi muito estranho, mas fiquei emocionada por me ver pequena.
Minha mãe acredita que significa transformação, uma borboleta.
Não sei qual o significado real disso, desse sonho. Ou o que ele veio me fazer refletir.
Seria um cuidado com o que faço?

...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Necessidade - Eduardo Sol

viver nem é preciso.
é preciso empurrar um rio com as mãos
criando ondas de pensamentos tortos.
tocar valsa com vigor de sambista,
e dançar sobre em águas ébrio de som.
criar poemas em que o nada se
revele absoluto.
as palavras marchem sobre o papel
ou sobre a tela de um computador
bilhem como estrelas mortas.
é preciso que os pés enfim
consigam caminhar sobre brasa,
e que a dor seja o instrumento da tranquilidade.
não mais sofrer, não chorar
não cometer suicídio.
viver nem é preciso e navegar é secundário.
o que é preciso mesmo é encarar a morte
como um inventário:
precisa como uma
navalha amolada.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Eu...


Eu, eu, eu...
juro que gostaria de ser outra pessoa ou um outro ser.
aprendo com minhas falhas e virtudes,
mas tenho de suportar as consequências.
dolorosas consequências...
Conheci uma forma de encontrar minha luz divina.
E está me fazendo tão bem...
Mas a colombina, na sua balança e com olhar enigmático, está lá apontando o que devo fazer...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A frase - Eduardo Sol

não me calo,
pois o silêncio não me basta.
Por isso acendo a lâmpada
para clarear o que não existe,
em busca de uma palavra
que se choque com minha testa;
que me chame de besta,
que me diga a verdade,
que me jogue na cara
e feche minha boca
com uma frase.

uma frase tão absoluta
que se chamaria
nada.

sábado, 3 de novembro de 2007

Pierrot


um dia eu acordei, e quando me vi, estava envolta de um turbilhão de pessoas confusas ao mesmo tempo...
e acabei dançando esse enredo triste de carnaval, quando as pessoas choram por amores infortúnios...
mas o que pode trazer maior alegria, foi um pierrot que me olhava calmo, e permaneceu ao meu lado.
permaneceu, não me lembro bem por quanto tempo...
acho que dias, semanas, meses, anos...
meu pierrot...
trouxe alegria para um coração já sem vida, para um coração que tenta resurgir das cinzas do tempo e resplandecer em luz.

Quem sabe o que é ver quem se quer partir
E não ter pra onde ir...

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Prostitutas.


"Os homens, para não dizer os seres, buscam na buceta, nas surubas, nos bordéis e até mesmo na "cópula" mais reacionária, o mesmo que os crentes buscam na cruz, nos evangelhos, nos cultos e no demônio. O cinismo da mulher atéia - aquela que não deifica sua buceta. E que a vende pura e simplesmente aos viciados do planeta - os atordoa e os aterroriza..."
Livro: Prostitutas, Bruxas e Donas de Casa - Ezio Flávio Bazzo.
prostituição: (lat prostitutione) 1 Ato ou efeito de prostituir ou de prostituir-se. 2 Vida de devassidão, de impudicícia; vida das prostitutas. 3 O conjunto das prostitutas. 4 Profanação. 5 Dir Modo habitual de vida da mulher que se entrega à prática, retribuída, do trato sexual.
Confesso que tenho grande apreço pelo que relaciona-se com lúxuria. Com o submundo humano, com o pecado... É certo que desperta-me grande curiosidade.
Prostitutas são as mulheres mais corajosas que passa-me pela cabeça. Vender seu próprio corpo à qualquer desconhecido por dinheiro. Não temos idéia o que deve passar na cabeça, na vida e sentimentos dessas mulheres que tem por profissão, a mais antiga do mundo!
Dedico esta a todas as corajosas mulheres, vendedoras de seu próprio corpo e sexo. Que delas sejam o reino dos Céus.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Busca de um ser em complexa existência.

Observei algumas gotas cairem sobre o céu cinzento de Sampa. Vi algumas lágrimas cairem de meus sentidos sem rolarem por minha face. Senti meu coração apertar e meu estômago doer. E novamente, ele volta para gritar por socorro. Minha dor estomacal. Acho tão fácil saber sobre minha raiva, sendo que meu interior grita quando minha voz cala-se.
Esperei durante muito tempo para chegar onde estou. E irei esperar mais uma centenas de vezes para chegar onde quero. Paciência é coisa dos deuses, faço parte deles.
Não sei se levo minha vida muito simplesmente ou se a simplicidade leva minha vida.
Não tento distinguir algo que pode confundir-se. E não quero confundir algo para distinguir-se.
Cansei de dizer que busco a felicidade ao fim do túnel, porque vejo que ela não está lá! E descubro isso depois de muito caminhar à sua busca! Quem criou essa filosofia de vida?
Cansei de muita coisa... estou cansando de muitas coisas.
Minha vida, póstumamente posta em uma folha de papel vegetal e mastigado por alguma boca fálida.
Não tentarei mais mostrar quem sou, é inválido! É estupido mostrar que, a Sam, é mais que Sam. É a Samira que fui, sou e serei SEMPRE!

Desabafo de alguém, que por hoje, está cansada de muita coisa. Quem sabe algo melhore depois de mais uma noite de insônia...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Quantos nomes para um só.



Já questionei-me sobre a verdadeira identidade de Deus.


Alá, Buda, Krishna, Deus, Jeová, Oxalá, ...


E pergunto-me: de que vale a fé do que um punhado de energia concentrada?


Será que não há um verdadeiro Deus milagreiro dentro de nós mesmo?


Acredito que há sim.


Nós somos esse punhado de energia. Tanto positiva quanto negativa.


Não acredito nessa hipótese de que temos de ter medo de algo que nos tenha moldado à sua imagem e semelhança.
Não acredito em nada que seja imposto, em nada que não tenha explicação óbvia!

Acredito em minha própria capacidade de fazer!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Um pouco de mim mesma, na voz de outrem.

Esquadros

Adriana Calcanhotto

Eu ando pelo mundo prestando atenção
Em cores que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo, cores
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca,
Uma cápsula protetora
Eu quero chegar antes
Pra sinalizar o estar de cada coisa
Filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome nos meninos que têm fome

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde?
Transito entre dois lados de um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo, me mostro
Eu canto para quem?

...

Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço?
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado

...

Essa composição de Adriana, fala muito de quem fui, quem sou ou o que serei.

Ainda não encontrei resposta de minhas perguntas, e as procuro constantemente.

Vejo as coisas passarem, as pessoas passarem, a vida passar e levar muito de meu ser, minha essência.

"Há pessoas que passam por nossas vidas e se vão. Mas há que não somente passam, mas levam consigo um pouco de nós mesmos."

Um dia, ainda viverei minha utopia completamente!


segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A voz do povo não é a voz ouvida!

Até que ponto, nossos governantes querem ouvir o que temos para falar?
Será que em algum momento, as portas do Planalto será aberta para a população
fazer valer seus direitos e seus votos?
E quando o interesse público será visado sem ser discriminado pela classe social?

Questões, questões, questões...

Às vezes, alguns dizem que o Brasil não tem jeito, nunca terá.
Mas ainda acredito que alguém, ou nós mesmos, podemos fazer algo sério!
Falta força de vontade e humanidade.
A lei no Brasil funciona para os ricos, para os que tem estudos, para os que tem algum tipo
de apoio financeiro.
A ralé é esquecida junto com a poeira embaixo do tapete.
A democracia é cega e insensível aos que não tem 20 dentes de ambas as arcadas, é imprópria para a minoria, é falida para os brasileiros.
Já pensei em desistir e ser como tantos outros que fingem não ver o que acontece com os demais, fecham seus olhos e vivem suas vidas perfeitas sem questionarem sua própria existência. Mas não suportei. Preciso fazer algo, preciso mudar pelo menos meu próprio eu! E assim, fazer algo por mais alguém.

"Brasil, mostra tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim."

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A criação...

" No princípio, criou a Deusa o mundo.
Fez-se a divisão da Luz e Escuridão.
Criou-se os Astros. Criou-se a Vida. Criou-se Ada, primeira humana criada do pó, feita a imagem e semelhança da Criadora. E, quando a Deusa viu que Ada estava sozinha, de seu óvulo, criou Eva, sua companheira. E as mesmas, habitaram o paraíso eternamente..."

E se a história fosse essa? Será que seria tudo diferente?

Será que o Pecado Original teria sido criado? E qual seria o feito?

Pergunto-me diariamente: se a sociedade fosse matriarcal, estariamos aqui hoje, entre guerras e dor?
Estariamos entre egoísmo e distanciamento de todos?

Qual será a verdadeira diferença entre mulheres e homens?
Busco uma teoria e resposta para isso.

Um dia hei de encontra-lá!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Cativar...

(Trecho de "O Pequeno Príncipe" - de Saint-Exupéry)

Bom dia, disse ele.
—Bom dia, disseram as rosas.— Quem sois ? perguntou o príncipe— Somos rosas.
— Ah! exclamou o principezinho...
E ele sentiu-se extremamente infeliz. Sua flor lhe havia contado que ela era a única de sua espécie em todo o universo.
E eis que haviam cinco mil, igualzinhas, num só jardim!
Depois refletiu ainda:
"Eu me julgava rico de uma flor sem igual,
e é apenas uma rosa comum que eu possuo...
Isso não faz de mim um príncipe muito grande...
" E, deitado na relva ele chorou.
Foi então que apareceu a raposa:
—Bom dia, disse a raposa.— Bom dia, respondeu polidamente o principezinho.— Quem és tu? Tu és bem bonita...— Sou uma raposa, disse a raposa.— Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste.
— Eu não posso brincar contigo, disse ela. Não me cativaram ainda
—Que quer dizer "cativar" ?— É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."— Criar laços ?
—Tu és ainda para mim um garoto igual a cem mil outros garotos.E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim.Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim ÚNICO no mundo. E eu serei para ti única no mundo...E a raposa continuou:— Minha vida é monótona. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros.
Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música.
E depois, olha!
Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil.
Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste!
Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado.
O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti.
E eu amarei o barulho do vento no trigo...
— Por favor... cativa-me! - disse a raposa.
— Bem quisera, disse o principezinho. Mas tenho pouco tempo
e amigos a descobrir e coisas a conhecer.
— A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa.
Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.
Compram tudo pronto na lojas.
Mas como não existem lojas de amigos, eles não têm mais amigos.
Se tu queres um amigo, cativa-me !
— Que é preciso fazer ?
— É preciso ser paciente. Sentarás primeiro longe. Eu te olharei e tu não dirás nada.
A linguagem é fonte de mal-entendidos.
Mas cada dia sentarás mais perto... E virás sempre na mesma hora.
Se tu vens às 4, desde às 3 eu começarei a ser feliz.
Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz.
Às 4 horas, então, eu estarei inquieta e agitada:
descobrirei o preço da felicidade.

Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de
preparar o coração...
Assim, o principezinho cativou a raposa.
Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
— Ah! Eu vou chorar.
— A culpa é tua, disse o principezinho. Eu não queria te fazer mal,
mas tu quiseste que eu te cativasse...
— Quis.
— Mas tu vais chorar !
— Vou.
—Então não sais lucrando nada!
—Eu lucro, por causa da cor do trigo.
—Vais rever as rosas e volta. Tu compreenderás que a tua é ÚNICA no mundo.
E ele disse às rosas:
— Vós não sois iguais à minha rosa, vós não sois nada.
— Ninguém vos cativou e nem cativastes ninguém.
—Sois como era a minha raposa, mas eu fiz dela um amigo.
—Agora ela é ÚNICA no mundo.
—Sois belas, mas vazias... A minha rosa sozinha é mais importante que vós todas.
—Foi dela que eu cuidei, ela é a minha rosa!
—Adeus, disse ele.
— Adeus, disse a raposa.
—Eis o meu segredo: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
TU ÉS RESPONSÁVEL PELA ROSA...
— Sou responsável pela minha rosa...repetiu ele a fim de se lembrar...
"Tú te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Em doses homeopáticas...

Nascemos, crescemos, reproduzimos, morremos.
Qual será a verdadeira lógica disso tudo?
É fato, que todos os dias, trapaceamos a morte, roubamos um dia a mais dela,
mas, e quando não conseguimos mais?
Nos apegamos tantos as pessoas, que nem cogitamos a hipótese de sua morte
(ou será uma fase de renascimento?), que esquecemos de aproveitar cada dia
ao seu lado.
A memória, em certa fase, já não suportará a agonia.
E somos esquecidos... (menos os ídolos).

Hoje me pergunto: qual o verdadeiro significado da vida?

Faço com que minha vida, valha cada segundo de meus sentidos
(mesmo quando anestesiados).
E vivo com aqueles que amo, para lhes roubar/compartilhar um pouco de
sua felicidade.
Não sei se as pessoas deveriam ser imortais, mas acredito que tenhamos que
aprender a melhor lidar com as partidas.
Hoje estou muito confusa...

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Ao povo os porcos!

E mais uma vez, na história de nossa pátria gentil, um ladrão é absolvido.
Não entendo como podemos permitir isso, que nossos governantes roubem
na cara dura o dinheiro público, sem punição alguma!
De certa forma, a culpa também não é nossa que escolhemos nossos governantes
como escolhemos tomates na feira?
Se parecer bom, ótimo. Se parecer feio, nem cogito.
Uma falha na educação da sociedade e que o povo continua,
é a questão de manter-se alienado ao sistema que os molda feito fantoches de teatro
(e um teatro bem imundo).
Farelos aos porcos, migalhas aos pombos, piedade ao povo.
Deixem de balelas e vamos seguir.
Quantas vezes teremos esse mesmo problema de corrupção no Brasil?
Parece uma pergunta sem resposta.
Mas torço para que o povo acorde, levante e lute pelo país.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Sociologia.

Ontem, após uma aula de Sociologia sobre E. Durkheim e Métodos Comparativos, foi nos apresentado a questão de Sociedade Orgânica e Sociedade Mecânica. A sociedade orgânica apresenta uma divisão entre indíviduo e sociedade, ambos convivem mutuamente (manifestações indíviduais), há muitas morais e existe a consciência de cada um. A sociedade mecânica cresce em um todo, deixando somente uma parte para o indíviduo (manifestações coletivas), há uma única moral prevalecente e a consciência é coletiva.
E depois dessa aula, peguei-me pensando: qual será que permanece hoje para nós?
De uma certa forma, a sociedade desenvolve a orgânica para alguns atos e a racionalidade. As pessoas tornam-se indívidualistas. E desenvolve também a mecânica nos momentos quando é interessante as pessoas fazerem o caos coletivo, quando as emoções afloram à pele e brota a raiva e intolerância, onde há anomia (falta de regras).
E em qual você encontra-se?
Se você vai num estádio e todos estão vaiando e xingando, você se vê disposto (a) à fazer o mesmo, isso chama-se sociedade mecânica. Se você é o juiz ofendido, precisa respirar e desenvolver a calma, isso é sociedade orgânica.
E, acima de tudo, qual é a que prevalece?

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Hoje.

me pergunto se hoje não pode ser considerado como ontem.
se todos os dias, convivemos com as mesmas situações de caos, egoísmo, indiferença...
se parece que a história nunca muda, só muda mesmo os personagens, entre vilões e bandidos, mas o enredo é o mesmo.
as lágrimas são sempre salinas, o riso é sempre o mesmo forçado, o abraço é sempre o mesmo reprimido.
quando foi que as pessoas perderam suas emoções?
estava eu na arquibancada vendo o desfalecimento da sociedade vil?
hoje lamento-me por não ter achado a cura para tudo isso.
mas espero que amanhã não seja como hoje.
espero que amanhã, minhas expectativas estejam renovadas.
sem querer que tudo permaneça igual.