textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A voz do povo não é a voz ouvida!

Até que ponto, nossos governantes querem ouvir o que temos para falar?
Será que em algum momento, as portas do Planalto será aberta para a população
fazer valer seus direitos e seus votos?
E quando o interesse público será visado sem ser discriminado pela classe social?

Questões, questões, questões...

Às vezes, alguns dizem que o Brasil não tem jeito, nunca terá.
Mas ainda acredito que alguém, ou nós mesmos, podemos fazer algo sério!
Falta força de vontade e humanidade.
A lei no Brasil funciona para os ricos, para os que tem estudos, para os que tem algum tipo
de apoio financeiro.
A ralé é esquecida junto com a poeira embaixo do tapete.
A democracia é cega e insensível aos que não tem 20 dentes de ambas as arcadas, é imprópria para a minoria, é falida para os brasileiros.
Já pensei em desistir e ser como tantos outros que fingem não ver o que acontece com os demais, fecham seus olhos e vivem suas vidas perfeitas sem questionarem sua própria existência. Mas não suportei. Preciso fazer algo, preciso mudar pelo menos meu próprio eu! E assim, fazer algo por mais alguém.

"Brasil, mostra tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim."

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A criação...

" No princípio, criou a Deusa o mundo.
Fez-se a divisão da Luz e Escuridão.
Criou-se os Astros. Criou-se a Vida. Criou-se Ada, primeira humana criada do pó, feita a imagem e semelhança da Criadora. E, quando a Deusa viu que Ada estava sozinha, de seu óvulo, criou Eva, sua companheira. E as mesmas, habitaram o paraíso eternamente..."

E se a história fosse essa? Será que seria tudo diferente?

Será que o Pecado Original teria sido criado? E qual seria o feito?

Pergunto-me diariamente: se a sociedade fosse matriarcal, estariamos aqui hoje, entre guerras e dor?
Estariamos entre egoísmo e distanciamento de todos?

Qual será a verdadeira diferença entre mulheres e homens?
Busco uma teoria e resposta para isso.

Um dia hei de encontra-lá!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Cativar...

(Trecho de "O Pequeno Príncipe" - de Saint-Exupéry)

Bom dia, disse ele.
—Bom dia, disseram as rosas.— Quem sois ? perguntou o príncipe— Somos rosas.
— Ah! exclamou o principezinho...
E ele sentiu-se extremamente infeliz. Sua flor lhe havia contado que ela era a única de sua espécie em todo o universo.
E eis que haviam cinco mil, igualzinhas, num só jardim!
Depois refletiu ainda:
"Eu me julgava rico de uma flor sem igual,
e é apenas uma rosa comum que eu possuo...
Isso não faz de mim um príncipe muito grande...
" E, deitado na relva ele chorou.
Foi então que apareceu a raposa:
—Bom dia, disse a raposa.— Bom dia, respondeu polidamente o principezinho.— Quem és tu? Tu és bem bonita...— Sou uma raposa, disse a raposa.— Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste.
— Eu não posso brincar contigo, disse ela. Não me cativaram ainda
—Que quer dizer "cativar" ?— É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."— Criar laços ?
—Tu és ainda para mim um garoto igual a cem mil outros garotos.E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim.Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim ÚNICO no mundo. E eu serei para ti única no mundo...E a raposa continuou:— Minha vida é monótona. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros.
Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música.
E depois, olha!
Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil.
Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste!
Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado.
O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti.
E eu amarei o barulho do vento no trigo...
— Por favor... cativa-me! - disse a raposa.
— Bem quisera, disse o principezinho. Mas tenho pouco tempo
e amigos a descobrir e coisas a conhecer.
— A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa.
Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.
Compram tudo pronto na lojas.
Mas como não existem lojas de amigos, eles não têm mais amigos.
Se tu queres um amigo, cativa-me !
— Que é preciso fazer ?
— É preciso ser paciente. Sentarás primeiro longe. Eu te olharei e tu não dirás nada.
A linguagem é fonte de mal-entendidos.
Mas cada dia sentarás mais perto... E virás sempre na mesma hora.
Se tu vens às 4, desde às 3 eu começarei a ser feliz.
Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz.
Às 4 horas, então, eu estarei inquieta e agitada:
descobrirei o preço da felicidade.

Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de
preparar o coração...
Assim, o principezinho cativou a raposa.
Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
— Ah! Eu vou chorar.
— A culpa é tua, disse o principezinho. Eu não queria te fazer mal,
mas tu quiseste que eu te cativasse...
— Quis.
— Mas tu vais chorar !
— Vou.
—Então não sais lucrando nada!
—Eu lucro, por causa da cor do trigo.
—Vais rever as rosas e volta. Tu compreenderás que a tua é ÚNICA no mundo.
E ele disse às rosas:
— Vós não sois iguais à minha rosa, vós não sois nada.
— Ninguém vos cativou e nem cativastes ninguém.
—Sois como era a minha raposa, mas eu fiz dela um amigo.
—Agora ela é ÚNICA no mundo.
—Sois belas, mas vazias... A minha rosa sozinha é mais importante que vós todas.
—Foi dela que eu cuidei, ela é a minha rosa!
—Adeus, disse ele.
— Adeus, disse a raposa.
—Eis o meu segredo: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
TU ÉS RESPONSÁVEL PELA ROSA...
— Sou responsável pela minha rosa...repetiu ele a fim de se lembrar...
"Tú te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Em doses homeopáticas...

Nascemos, crescemos, reproduzimos, morremos.
Qual será a verdadeira lógica disso tudo?
É fato, que todos os dias, trapaceamos a morte, roubamos um dia a mais dela,
mas, e quando não conseguimos mais?
Nos apegamos tantos as pessoas, que nem cogitamos a hipótese de sua morte
(ou será uma fase de renascimento?), que esquecemos de aproveitar cada dia
ao seu lado.
A memória, em certa fase, já não suportará a agonia.
E somos esquecidos... (menos os ídolos).

Hoje me pergunto: qual o verdadeiro significado da vida?

Faço com que minha vida, valha cada segundo de meus sentidos
(mesmo quando anestesiados).
E vivo com aqueles que amo, para lhes roubar/compartilhar um pouco de
sua felicidade.
Não sei se as pessoas deveriam ser imortais, mas acredito que tenhamos que
aprender a melhor lidar com as partidas.
Hoje estou muito confusa...

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Ao povo os porcos!

E mais uma vez, na história de nossa pátria gentil, um ladrão é absolvido.
Não entendo como podemos permitir isso, que nossos governantes roubem
na cara dura o dinheiro público, sem punição alguma!
De certa forma, a culpa também não é nossa que escolhemos nossos governantes
como escolhemos tomates na feira?
Se parecer bom, ótimo. Se parecer feio, nem cogito.
Uma falha na educação da sociedade e que o povo continua,
é a questão de manter-se alienado ao sistema que os molda feito fantoches de teatro
(e um teatro bem imundo).
Farelos aos porcos, migalhas aos pombos, piedade ao povo.
Deixem de balelas e vamos seguir.
Quantas vezes teremos esse mesmo problema de corrupção no Brasil?
Parece uma pergunta sem resposta.
Mas torço para que o povo acorde, levante e lute pelo país.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Sociologia.

Ontem, após uma aula de Sociologia sobre E. Durkheim e Métodos Comparativos, foi nos apresentado a questão de Sociedade Orgânica e Sociedade Mecânica. A sociedade orgânica apresenta uma divisão entre indíviduo e sociedade, ambos convivem mutuamente (manifestações indíviduais), há muitas morais e existe a consciência de cada um. A sociedade mecânica cresce em um todo, deixando somente uma parte para o indíviduo (manifestações coletivas), há uma única moral prevalecente e a consciência é coletiva.
E depois dessa aula, peguei-me pensando: qual será que permanece hoje para nós?
De uma certa forma, a sociedade desenvolve a orgânica para alguns atos e a racionalidade. As pessoas tornam-se indívidualistas. E desenvolve também a mecânica nos momentos quando é interessante as pessoas fazerem o caos coletivo, quando as emoções afloram à pele e brota a raiva e intolerância, onde há anomia (falta de regras).
E em qual você encontra-se?
Se você vai num estádio e todos estão vaiando e xingando, você se vê disposto (a) à fazer o mesmo, isso chama-se sociedade mecânica. Se você é o juiz ofendido, precisa respirar e desenvolver a calma, isso é sociedade orgânica.
E, acima de tudo, qual é a que prevalece?

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Hoje.

me pergunto se hoje não pode ser considerado como ontem.
se todos os dias, convivemos com as mesmas situações de caos, egoísmo, indiferença...
se parece que a história nunca muda, só muda mesmo os personagens, entre vilões e bandidos, mas o enredo é o mesmo.
as lágrimas são sempre salinas, o riso é sempre o mesmo forçado, o abraço é sempre o mesmo reprimido.
quando foi que as pessoas perderam suas emoções?
estava eu na arquibancada vendo o desfalecimento da sociedade vil?
hoje lamento-me por não ter achado a cura para tudo isso.
mas espero que amanhã não seja como hoje.
espero que amanhã, minhas expectativas estejam renovadas.
sem querer que tudo permaneça igual.