textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

chá de arruda

meu amor, 

lhe escrevo esta para dizer sobre o tamanho de minha saudade. não, não a medirei com palmos ou centímetros. quero te dizer sobre o tamanho de minha saudade que aflige meu peito e desassossega meus pensamentos. o tamanho de minha saudade que faz com que minhas vontades sejam tomadas pela paciência e pelo respeito ao tempo.

sim, a saudade que sinto tem um tamanho indescritível! muitos alegariam ser mera bobagem. outros, me acolheriam entre os braços para amenizar esta aflição. mas, não, não são esses braços que quero para meu conforto. e, sim, são de teus braços que sinto saudade. sim, são de tuas palavras, tuas risadas, tuas formas de me surpreender com palavras doces e que me encantavam todas as manhãs. 

saudade de teu primeiro cigarro. dos nossos diálogos libidinosos pela manhã. das tuas sobrancelhas erguidas. da forma como você me apressava para que não me atrasasse no trabalho (mesmo sabendo que eu me atrasaria!). da forma como opinava sobre a roupa que eu usaria no dia ou o tom do vermelho que pintaria os lábios. 

o tempo será condutor de nossa saudade.

um chá de arruda para acalmar a ansiedade.