textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



terça-feira, 29 de julho de 2008

.sobre o amor.

Catulo dedicou toda a sua obra à Lésbia. Antínoo se jogou num açude quando pensou que já não era belo o bastante para Adriano. Marco Antônio perdeu um império por Cleópatra. Lancelot traiu seu mentor e melhor amigo pelo afeto da rainha Guinevere, e enfermo de amor e remorso empreendeu a peregrinação em busca do Santo Graal. Robin Hood raptou Lady Marian. Beatriz resgatou Dante do Purgatório. Petrarca dedicou toda a sua obra a Laura. Abelardo e Heloísa se escreveram durante toda a vida. Diego Marcilla, em Teruel, caiu morto aos pés de Isabel de Segura ao saber que ela havia desposado o pretendente designado por seu pai. Julieta bebeu um cálice de veneno ao ver Romeu morto. Melibéia se atirou pela janela à morte de Calixto. Ofélia se jogou no rio porque pensou que Hamlet não a amava. Polifemo celebrou Galatéia até o fim de seus dias enquanto vagava chorando por prados e rios. Botticelli enlouqueceu por Simonetta Vespucci depois de imortalizar sua beleza na maioria de seus quadros. Joana de Castela velou Filipe o Belo durante meses, sem deixar de chorar dia e noite, e em seguida se retirou num convento. Dom Quixote dedicou todas as gestas a Dulcinéia. Dona Inês se suicidou por Dom Juan e regressou mais tarde do paraíso para interceder por sua alma. Garcilaso escreveu dezenas de poemas para Isabel de Freire, ainda que nunca a tenha tocado. São Francisco de Borja abandonou a corte à morte da Imperatriz Isabel. Não tornou a tocarem uma mulher. Isabel da Inglaterra rechaçou príncipes e reis pelo amor de Sir Francis Drake. Sandokan lutou por Marianna, a Pérola de Labuan. Werther deu-se um tiro na têmpora quando lhe anunciaram o casamento de Carlota. Holderlin retirou-se em uma torre à morte de Diotima, na qual jamais tocara, e nunca mais saiu dali. Rimbaud, que escrevera obras-primas aos dezesseis anos de idade, não escreveu mais uma linha a partir do término de sua relação com Verlaine, tornando-se traficante de escravos e suicidando-se literalmente. Verlaine tentou assassinar Rimbaud, e em seguida converteu-se ao catolicismo e escreveu as Confissões; nunca tornou a ser o mesmo. Julien Sorel aguentou dois meses sem tirar osolhos de Matilde de la Mole para recuperar seu afeto. Ana Karenina abandonou o filho pelo amor do tenente Vronski, e se deixou atropelar por um trem quando acreditou que tinha perdido aquele amor. Camille Claudel enlouqueceu por Rodin, que nunca moveu uma palha por ela.

retirei esse trecho do livro que agora leio, Amor, curiosidade, prozac e dúvida, da
Lucía Etxebarría. E peguei-me pensando: olha só o que já fizeram pelo amor! E o que eu fiz?...
Eu dei nova chance para o amor. Eu arrisquei minha sanidade para viver esse sentido. Mas quero que o meu não seja trágico!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

.bem me quer|mal me quer.


encarei as margaridas com as melhoras esperanças. entre o bem e mal me quer, optei em arriscar nesse amor que pode ser fonte de muita luz (e assim espero que seja). você entendeu o sentido dessa flor e abriu um sorriso, e parece que eu via um campo repleto de margaridas com todos os bem me queres do mundo!
dessa vez, aliás, mais uma vez, eu acertei em cheio.
eu fiz para ti. seu sorriso foi o maior agradecimento que eu poderia receber!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

...

.quando tirei essa foto, estava deitada na praia com o pensamento longe. a tirei mesmo com o objetivo de dar de presente, e é o que farei em breve.
um dos tantos motivos dessa foto, são vários: o show da Adriana Calcanhotto divulgando o novo cd Maré, como foi repleto de alegria e ensinamento esse dia, como pude reafirmar que os amigos são importantes em minha vida, como eu sou criança na praia! ah, foram tantas alegrias!
mas o principal mesmo, e isso depois quero lhe dizer, é que essa foto eu tirei pensando em você e para você.
espero que goste do que eu vi.

terça-feira, 22 de julho de 2008

.canta pra subir!.

confesso que não estou em meus melhores dias.
até acordei bem, mas depois de entrar em atrito com minha mãe, parece que um buraco abriu em frente aos meus pés e não tinha ninguém para me apoiar.
até me perguntei por qual finalidade vim trabalhar hoje, mas ai desisti mesmo. resolvi ficar na minha hoje.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

.zen.


achei essa imagem e talvez ela defina vem o meu sentido hoje.
estou bem tranquila, com paciência e muita luz dentro de tudo isso.
confesso que, devido ao coração bem preenchido e feliz (=]), estou assim! feliz!!! intuindo muito amor, luz e força!!!!!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

.novos caminhos.

depois de um dos meus fins de semana perfeito, bateu uma saudade de escrever coisas leves, falar sobre novas esperanças e novas formas de postura que quero trazer para meu cotidiano.
estou numa caminhada constante, uma busca pelo meu eu próprio (parece coisa de hare krihna, mas não é), do plantar e colher coisas boas e sobre postura com o geral (famíla, amigos, trabalho,...).
mas não irei fazer delongas por hoje. quero somente intuir muita luz, força e amor...

sábado, 12 de julho de 2008

.eu que tinha tudo.

é engraçado pensar em todo esse ciclo que minha vida se envolveu. antes, agora e amanhã.
entrou em uma pira louca de idéias e felicidades.
hoje estou indo tentar entender mais e mais todos esses sentidos que existem aqui dentro de meu ser. e espero encontrar respostar que aniquilem com meu medo e falsos sentidos.
talvez, sejam as respostas que eu precise, para que acabe com esses surtos que tenho passado.
mas fico com suposições do que acontece contigo, sobre o que você quer ou o que imagina que será isso que vivemos.
resolverei isso quando voltar.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

.em um momento.

"amor, talvez seje esse o nome que esse sentido deve ter,
é o que pode, e deve, fazer com que todos os demais sentidos
se entrelacem feito tranças de cabelo.
entre alegrias, saudades e ânsia,
descubro seus olhos pela manhã.
e me apaixono. novamente."


"você é mais poesia do que eu sou capaz de fazer."

sábado, 5 de julho de 2008

."Ela".

Seus olhos que brilham tanto,
Que prendem tão doce encanto,
Que prendem um casto amor.
Onde com rara beleza,
Se esmerou a natureza.
Com meiguice e com primor
Suas faces purpurinas
De rubras cores divinas
De mago brilho e condão;
Meigas faces que harmonia
Inspira em doce poesia
Ao meu terno coração!
Sua boca meiga e breve,
Onde um sorriso de leve
Com doçura se desliza,
Ornando purpúrea cor,
Celestes lábios de amor
Que com neve se harmoniza.
Com sua boca mimosa
Solta voz harmoniosa
Que inspira ardente paixão,
Dos lábios de Querubim
Eu quisera ouvir um -sim-
P’ra alívio do coração!
Vem, ó anjo de candura,
Fazer a dita, a ventura
De minh’alma, sem vigor;
Donzela, vem dar-lhe alento,
“Dá-lhe um suspiro de amor!”

ASSIS, Machado de, 1839 – 1908O Almada & outros poemas / Machado de Assis – São PauloGlobo 1997 – (Obras completas de Machado de Assis)

.supostos.

penso sobre várias coisas.

tantos aquelas que fazem com que minha caminhada por terra seja de maior clareza, como fazer para não mais cair em erros passados.

trabalhar para que alguns sentidos passados possam trazer um novo sentido para o que surgir.

não quero mais cair em tolas falhas de antes, tantos falhas externas como internas também. estou em constante busca pelo meu melhorar e estou conseguindo grandes feitos! isso desperta-me real alegria e felicidade, saber que tudo estava aqui, dentro de mim mesma, e agora está pronto para o despertar florescer de todas as manhãs.

hoje busco uma maior serenidade, uma harmonia e felicidade, mas isso comigo mesma. aprendi que tudo é consequência do que sentimos e emanamos.

felizmente, aprendi sobre isso à tempo de, tanto concertar o passado, como melhorar minha caminhada.

emanando muita luz, força e tranquilidade.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

.alienação involuntária.

sou muito grata pela socialização primária que tive em minha família. por mais que meus pais não sejam graduados em nada, tive grande incentivo desde pequena a procurar algo diferente e tomar conhecimento sobre o mundo em que eu vivo. hoje entendo e agradeço por esses esforços, um pouco de meu pai e muito de minha mãe. lembro de meu pai falar sobre lermos somente 15 minutos por dia, poderiamos lêr muitos livros. lembro de minha mãe com sua facilidade de lêr rápido e assim, incentivar-me ao mesmo. por explicações dela mesmo, não fomos criados para ela, para ficar sobre sua tutela eterna, mas sim para o mundo que nos espera. se achamos que somos capazes de conhecer e se aventura, boa sorte.
preocupa-me muito observar esses jovens, em deveras crianças ainda, que se mantêm totalmente alienada à suas realidade e, tão pouco, buscam conhecer o diferente. não tem incentivo de seus pais, que por sua vez, não tiveram de seus avôs, que por sua vez, não tiveram conhecimento nenhum.
qual é a raiz desse mal? de onde começa tudo isso e qual é a forma de se cortar a raiz maligna em questão?

terça-feira, 1 de julho de 2008

.grande Vinicius!.


já fazia um tempo que eu queria falar-te a frase do Soneto da Fidelidade do Vinicius de Moraes
"que não seje imortal, posto que é chama. mas que seje infinito enquanto dure". pensei muito mesmo sobre quando, como e se realmente eu falaria isso para você. queria que fosse algo tranquilo, que não parecesse pegajoso ou extremamente meloso. acabou que saiu perfeito. depois de um momento nosso, com os corpos deitados, com plenos pulmões e com coragem, depois de muito abrir os lábios e nada sair, você me olhou e eu disse: "que não seje imortal posto que é chama. mas que seje infinito enquanto dure".

grande foi o Vinicius, que escreveu este poema, um dos mais lindos que já li, mas que em poucas linhas, conseguiu descrever uma vida! já não me lembro de quantas vezes esse poema passou por minha vida. já o tive em capa de diário (isso em minha tenra adolescência), capa de caderno e em cartinhas de amor. mas nunca saiu tão puro, delicado e sincero como para você.


ps: "que não seje imortal, posto que é chama. mas que seje infinito enquanto dure".