textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



segunda-feira, 23 de março de 2015

72 dias.

e, dentre o silêncio da noite, eu ouço o mar. e não há preço que pague a calmaria que sinto essa noite. essa sensação de completude, de estar bem comigo. de saber que a prioridade da vez é recuperar meu equilíbrio completo (mesmo pensando, diversas vezes, se isso seria possível). equilíbrio de corpo, mente e fé. principalmente, fé. que me fortalece, que me aguenta, que me rege. essa fé que insisto diariamente. fé que tudo dará certo. fé que tudo se alinhará e que o tempo de oscilações está com prazo contado.
 
não, não é qualquer luta que nos faz seguir em frente. tive que me agarrar em palavras de fé para seguir. em palavras onde o tempo é diferente do tempo de minha ansiedade. o que me restou? esperar que a vida me leve para os caminhos que devo seguir.
 
hoje completam 72 dias morando só. e, engraçado remeter à junção desses dois números... não são 71 ou 73 dias. são 72. 7. 2. meus números. minhas identidades... são 72 dias em que estive no inferno várias vezes. dias de solidão, tristeza... dias em que as oscilações beiraram à insanidade. mas, o tempo, sendo dono de si, trouxe minha retidão e força para seguir.

e continuarei a ter fé. e continuarei a seguir.  

porque, dentre o silêncio da noite, eu continuarei à ouvir o que o mar me diz.