textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



segunda-feira, 30 de novembro de 2015

meus monstros.

um mar imenso. apenas um pequeno barco nesse mar. balanço que vem. balanço que vai. e a sensação do barco naufragar. se naufragar, não há coletes ou nada mais que me salve de afundar. e afundar em um mar imenso de tristeza sem que haja nada que...
são minhas oscilações. meus altos e baixos. minhas inconstâncias. meus medos. meus receios. você jamais entenderia as coisas que sinto. mesmo que não haja raiz para existirem, elas existem. e me atormentam. feito monstros em sonhos de crianças, minhas inconstâncias me levam para o fundo de um poço de tristeza. e não sei ao que me agarrar para conseguir respirar no meio de tantas incógnitas. 
por vezes, sinto que minha cabeça está em desalinho e estou enlouquecendo com o passar dos dias. não há alucinações, vozes ou delírios. minhas oscilações me enlouquecem. me deixam a flor da pele. me deixam em estado de histeria. 
preciso de algo que me salve de mim mesma.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

ela esperava.

e ela esperava. e esperava que tudo se alinhasse. esperava que os dias se acalmassem. esperava que houvesse um respirar de alívio e compreensão. esperava que o tempo solucionasse todas as inconstâncias que a vida apresentava. esperava. ela esperava. e rezava. 

sabia que os acontecimentos não estavam ligados à sua pessoa. mas, qualquer deslize, poderia afetar seus dias. um comentário poderia ser mal interpretado. um gesto poderia ser repelido. deixava o tempo que fosse necessário. deixava na solidão. e, por mais que não quisesse, o fazia para não levar farpas desnecessárias. quando tudo isso começou a acontecer? 

e esperava. ela esperava. e rezava.