textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



quinta-feira, 21 de julho de 2011

porta aberta.

deixe a porta aberta. sem chave, sem trinco, sem empecilhos. deixe a porta aberta, assim como a vida. deixe que eu volte, sempre que sentir vontade. deixe minhas coisas nos mesmos lugares e não ligue se eu não vier hoje. quem sabe, amanhã eu apareça. ou não apareça nunca mais... mas deixe a porta aberta. quem sabe eu volte. quem sabe eu resolva ficar.
não, não tracei o nosso destino. ele já estava escrito antes de nascermos. estivemos em alguma constelação durante a vida passada. orion ou cruzeiro do sul? alguma que ainda não foi captada pelas grossas lentes dos astrônomos e nossos olhos nus? fizemos parte de algum buraco negro?
o quê? desculpe, estava atenta à ideia de vir de um lugar longe daqui... e para onde vamos afinal? iremos nos encontrar novamente? e se não nos encontramos? devo lhe agradecer agora sobre todos altos e baixos que passamos juntos? ok. obrigada. por todos os altos e baixos dessa vida. paguei meu carma com você. se paguei... e foi um carma pesado. ok. nem tão pesado assim. você ficava leve quando estava sobre meu corpo. e não me chateava quando ligava às 03h depois de encher a cara com os amigos. isso não foi o baixo de nossa relação... o baixo foi ter amado você e ter pensando sobre um futuro azul ao seu lado... pois é... o amor nem sempre é tão azul.
não, não deixe a porta aberta. eu não quero arriscar minha sanidade com você.


domingo, 17 de julho de 2011

tristeza.

você me diz que acabou e só posso engolir à seco o gosto amargo que surge em minha boca. você diz que não há mais nada para se fazer, que chegamos no ato final e as cortinas devem ser fechadas. e só posso ficar atrás das cortinas, esperando que o público saia satisfeito com o espetáculo que acabamos de encenar... retiro minha máscara da alegria e mergulho em meu abismo de tristeza e solidão.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

vou me embora.

vou me embora desse mundo, já que não lhe sou mais útil.

vou para longe, para um lugar onde eu me encontre,
onde somente o vento me encontre, onde ninguém me encontre.

vou para um lugar onde o meu amor me esqueça e me desfaça, já que não lhe sou mais graça e só desgraça.

vou me embora por caminhos onde nunca andei, por vidas que nunca acreditei, por pensamentos que nunca vaguei.

vou me embora desse mundo, já que não lhe sou mais útil.