não, eu não entrei. já estava com o pé direito no degrau de entrada quando te vi. e parei, como se aquele segundo valesse mais que dez minutos, um flash de pensamentos me surgiram e ouvi uma voz (consciência?!) que dizia: "não entre". não, eu não entrei e você não me viu. melhor assim. não há aquela interação social exigida pelas boas maneiras. você estava ali e eu também e, de uma forma como tantas outras vezes, estivemos em um mesmo espaço sem interação alguma. e sei que tantas outras vezes isso poderá acontecer, sem que sejamos obrigadas à dizer qualquer coisa enquanto, em algum canto das lembranças, o nosso caso (ou um mero acaso) retorna com alguns momentos vividos.
não, eu não quero te dizer que está tudo bem. está tudo bem, mas você não faz parte da minha vida e não quero te contar como as coisas estão diferentes. também, não quero dizer que senti tanta falta de ti em alguns dias, que acabei cometendo um homicídio sentimental contra tudo o que você representava para minha pessoa. cometi um homicídio simples, sem que o sentimento (a vítima) tivesse defesa, porque estava ali, prostado, suplicando pelo seu fim antes que fosse tomado por uma avassaladora amargura que o deixaria eterno indolor, ranzinza e cinza.
seguimos assim. tão perto e tão longe. como deixamos ser. como deve ser. como deve ser.
não, eu não quero te dizer que está tudo bem. está tudo bem, mas você não faz parte da minha vida e não quero te contar como as coisas estão diferentes. também, não quero dizer que senti tanta falta de ti em alguns dias, que acabei cometendo um homicídio sentimental contra tudo o que você representava para minha pessoa. cometi um homicídio simples, sem que o sentimento (a vítima) tivesse defesa, porque estava ali, prostado, suplicando pelo seu fim antes que fosse tomado por uma avassaladora amargura que o deixaria eterno indolor, ranzinza e cinza.
seguimos assim. tão perto e tão longe. como deixamos ser. como deve ser. como deve ser.