"trai.ção (lat traditione) ato ou efeito de trair. quebra de fidelidade prometida e empenhada; aleivosia, intriga, perfídia. surpresa inesperada; emboscada
do sentimento de enganação, desdém, sem honra.
Nietzche já dizia: Deus está morto. E como crêr em algo que já morreu. Somos ensinados a ter fé em algo que nunca vimos, ouvimos e tocamos.
Como não acreditar nas pessoas? E mesmo que somos traidos, como superar isso sem tocar em feridas? Sem tentar ser firme quando as pernas são bambas?
Minha mãe ensinou sobre honra, verdade e fidelidade. E confesso ter por demais com meus amigos. Os amo sem limites e os tenho em meu coração. Confesso que são poucos os verdadeiros, já conhecem-me muito bem, sabem até que ponto minha sanidade acalma a insanidade.
Seria a dualidade em jogo? Seria a moral do bem e mal?
Como, nós mulheres, podemos superar certas coisas que são fixadas no coração, sem ficar com pesar e lástima?
hoje sou composta de dúvidas, pensamentos e trabalho ardúo sobre o que sinto.
meu coração é pesado hoje, mas não quero ficar assim.
preciso abster as coisas que me fazem mal, me fazem pesar o coração.
que não seja a última vez a minha fé no indíviduo como ele é.
como diria Nelson Rodrigues:
A vida como ela é."
textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
...
Essa noite eu tive um sonho, e confesso, um sonho muito estranho mesmo.
Sonhei que estava numa rua e havia muitas crianças brincando, mas uma criança vinha na minha direção.
Era uma menina gordinha, com cabelos enroladinhos e claros, e sorria pra mim porque era eu mesma com quatro anos de idade. Estava a Samira de 20 anos defronte a Samira de 4 anos. Qual seria à real diferença entre ambas?
E quando comecei a conversar com a Samira-criança, minha mãe veio indagando quem eu era e o que queria com a pequena dela.
E como explicar pra ela que era eu mesma, só que 16 anos mais tarde?
Esse sonho foi muito estranho, mas fiquei emocionada por me ver pequena.
Minha mãe acredita que significa transformação, uma borboleta.
Não sei qual o significado real disso, desse sonho. Ou o que ele veio me fazer refletir.
Seria um cuidado com o que faço?
...
Sonhei que estava numa rua e havia muitas crianças brincando, mas uma criança vinha na minha direção.
Era uma menina gordinha, com cabelos enroladinhos e claros, e sorria pra mim porque era eu mesma com quatro anos de idade. Estava a Samira de 20 anos defronte a Samira de 4 anos. Qual seria à real diferença entre ambas?
E quando comecei a conversar com a Samira-criança, minha mãe veio indagando quem eu era e o que queria com a pequena dela.
E como explicar pra ela que era eu mesma, só que 16 anos mais tarde?
Esse sonho foi muito estranho, mas fiquei emocionada por me ver pequena.
Minha mãe acredita que significa transformação, uma borboleta.
Não sei qual o significado real disso, desse sonho. Ou o que ele veio me fazer refletir.
Seria um cuidado com o que faço?
...
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Necessidade - Eduardo Sol
viver nem é preciso.
é preciso empurrar um rio com as mãos
criando ondas de pensamentos tortos.
tocar valsa com vigor de sambista,
e dançar sobre em águas ébrio de som.
criar poemas em que o nada se
revele absoluto.
as palavras marchem sobre o papel
ou sobre a tela de um computador
bilhem como estrelas mortas.
é preciso que os pés enfim
consigam caminhar sobre brasa,
e que a dor seja o instrumento da tranquilidade.
não mais sofrer, não chorar
não cometer suicídio.
viver nem é preciso e navegar é secundário.
o que é preciso mesmo é encarar a morte
como um inventário:
precisa como uma
navalha amolada.
é preciso empurrar um rio com as mãos
criando ondas de pensamentos tortos.
tocar valsa com vigor de sambista,
e dançar sobre em águas ébrio de som.
criar poemas em que o nada se
revele absoluto.
as palavras marchem sobre o papel
ou sobre a tela de um computador
bilhem como estrelas mortas.
é preciso que os pés enfim
consigam caminhar sobre brasa,
e que a dor seja o instrumento da tranquilidade.
não mais sofrer, não chorar
não cometer suicídio.
viver nem é preciso e navegar é secundário.
o que é preciso mesmo é encarar a morte
como um inventário:
precisa como uma
navalha amolada.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Eu...
Eu, eu, eu...
juro que gostaria de ser outra pessoa ou um outro ser.
aprendo com minhas falhas e virtudes,
mas tenho de suportar as consequências.
dolorosas consequências...
Conheci uma forma de encontrar minha luz divina.
E está me fazendo tão bem...
Mas a colombina, na sua balança e com olhar enigmático, está lá apontando o que devo fazer...
aprendo com minhas falhas e virtudes,
mas tenho de suportar as consequências.
dolorosas consequências...
Conheci uma forma de encontrar minha luz divina.
E está me fazendo tão bem...
Mas a colombina, na sua balança e com olhar enigmático, está lá apontando o que devo fazer...
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
A frase - Eduardo Sol
não me calo,
pois o silêncio não me basta.
Por isso acendo a lâmpada
para clarear o que não existe,
em busca de uma palavra
que se choque com minha testa;
que me chame de besta,
que me diga a verdade,
que me jogue na cara
e feche minha boca
com uma frase.
uma frase tão absoluta
que se chamaria
nada.
não me calo,
pois o silêncio não me basta.
Por isso acendo a lâmpada
para clarear o que não existe,
em busca de uma palavra
que se choque com minha testa;
que me chame de besta,
que me diga a verdade,
que me jogue na cara
e feche minha boca
com uma frase.
uma frase tão absoluta
que se chamaria
nada.
sábado, 3 de novembro de 2007
Pierrot
um dia eu acordei, e quando me vi, estava envolta de um turbilhão de pessoas confusas ao mesmo tempo...
e acabei dançando esse enredo triste de carnaval, quando as pessoas choram por amores infortúnios...
mas o que pode trazer maior alegria, foi um pierrot que me olhava calmo, e permaneceu ao meu lado.
permaneceu, não me lembro bem por quanto tempo...
acho que dias, semanas, meses, anos...
meu pierrot...
trouxe alegria para um coração já sem vida, para um coração que tenta resurgir das cinzas do tempo e resplandecer em luz.
Quem sabe o que é ver quem se quer partir
E não ter pra onde ir...
e acabei dançando esse enredo triste de carnaval, quando as pessoas choram por amores infortúnios...
mas o que pode trazer maior alegria, foi um pierrot que me olhava calmo, e permaneceu ao meu lado.
permaneceu, não me lembro bem por quanto tempo...
acho que dias, semanas, meses, anos...
meu pierrot...
trouxe alegria para um coração já sem vida, para um coração que tenta resurgir das cinzas do tempo e resplandecer em luz.
Quem sabe o que é ver quem se quer partir
E não ter pra onde ir...
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