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sexta-feira, 7 de março de 2008

.pai.

hoje, pude presenciar uma cena que me tocou: uma menina de uns 8 anos dizendo para o seu pai que o amava. e ele a olhou e disse que também a amava.
achei comovente essa cena e questionei: à quanto tempo não sinto ou digo isso para o meu pai?
eu não sei, faz meses que não o vejo, e não sei se sinto sua falta.
mas o fato é que quando pequena, ele era o meu herói e nada temia quando estava com ele.
mas hoje...
ele nunca viu como caminhei para sentidos opostos aos que ele queria, ou nem sabe quais são meus sonhos. não sabe quais caminhos sigo ou como meu tênis fica depois de um dia tumultuado.
ele não quer saber, e eu não digo. ficamos por isso mesmo.
sei que sou como ele, às vezes, turrona demais mesmo, cabeça dura e tenho todo seu jeito. físicamente, sou a mais parecida com ele. mas nada parecida com ele.
a última vez que falei com ele, foi no meu aniversário (isso à um mês exato). ele me ligou e, confesso, fiquei muito surpresa. engraçado, ele me recomendou juízo!
minha mãe supre tudo. carinho, emoção, apoio e base. disso nunca precisei dele.
mas não sei nada sobre nossa relação.
acredito que nunca foi de pai e filha.

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