textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



quarta-feira, 24 de setembro de 2008

.palavras.

As vejo como se fossem borboletas em pleno vôo.
Umas vem, outras vão. Sempre sem rumo certo de pouso.
Entre uma que entra garganta a dentro e outra que sai através de uma caneta azul com letras tremidas, vão sendo criadas palavras descritas de emoções.
Talvez, encontre uma forma de apanhá-las!
Uma rede que atraca-as como se fossem samurais em luta!
Mas seria duvidoso isso.
Como apanhar algo que não vejo, mas que sinto?

Como pedir para um poeta que traduza sua musa em poucas linhas?

Palavras são vistas soltam e entregues ao vento.
Palavras são arrancadas de minhas entranhas quando penso já não tê-las.
Palavras são postas em um banquete aos deuses, um banquete para não mortais.
Palavras são apenas verbos, conjunções, escritas em uma letra feia e tremida.
Palavras são sentidos jogados sobre a mesa como o vidente joga os búzios.
As que eu perceber o significado, são apanhadas.
As que não me disser nada, são largadas de canto.
Talvez, ainda não seja o momento delas aparecerem.

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