cara, eu não estou aqui dizendo que te amo e que, provavelmente, você é o amor da minha vida. não estou te pedindo em casamento e nem sonhando com um vestido branco, igreja com a família e uma criança depois de nove meses. estou aqui, pura e simplesmente, para te dizer que o beijo que te dei, foi o maior fôlego que já senti. que os teus lábios, quando se juntaram aos meus, me ergueram para um céu que nunca fora descritos nos meus, teus e dos outros tantos poemas escritos nesse mundo. que o toque de suas mãos em minhas costas foi mais que fogo queimando em palha. que os olhos teus, quando cruzados com os meus, fizeram com que meu mundo se tornasse estático, onde somente havia caminho para os olhos teus.
não, não basta dizer para você isso. você se retrai, vive em um mundo abstrato, onde as palavras bem adocicadas são mais que diabetes (e quantas betes!). não, eu não quero só fazer amor com você. estou sentindo um puta tesão e, simplesmente transar, seria de bom grado. seria bem bacaninha passarmos uma noite juntos. você, eu, nossos corpos nus. nossa pele acalorando a outra pele, beijos e carícias para finalizar o ato. ok, isso seria mais que perfeito. mas já me contento com um pouco disso. quero te ver nu, com os pêlos expostos, com o sexo a mostra. quero te ver com os olhos arregalados quando me ver. quero sentir tua respiração quando meu corpo tocar o teu, quando meu beijo tocar tua nuca.
não sei se está tão difícil assim para você entender, mas já deu para sacar. gostas de mim como gosto de ti. mas tens medo dessa afinidade que brota de onde não sabemos. você tem medo de me ter, de me desejar intensamente e de me amar. é isso? se for isso querido, me diga que é um covarde e que não é merecedor da minha sede de afeição. diga que quando teu amigo falou que eu era bonita, você quis morrer por dentro, porque sentiu de um ciúme desconhecido e temido. diz, assume de uma vez e pronto.
para que toda essa frescura? apaga a luz e vem me beijar logo.