textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

feliz navidad


para o salário mínimo que não teve aumento esse ano.
para a passagem de ônibus que irá aumentar no início do ano.
para o aumento dos salários dos deputados, ministros, presidente e
vice-presidente que irão receber um vencimento de R$26,7 mil...
papai noel não existe para a classe baixa!




quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ele vai ser pai.

ele vai ser pai. meu grande amigo irá ser pai. e a felicidade que me acomete não tem tamanho. é um sorriso que fica estampado na face, um querer enorme abraço, uma lágrima que escorre trilhando uma emoção que não há definição. ele vai ser pai e o que posso dizer é "parabéns meu grande amigo". e não há preço que pague esse momento. e não haverá nada que retribua a emoção de um pequeno abraço de um filho.
não há preço que pague a emoção que terá em ver a barriga de sua mulher crescendo e todo o carinho que será dado durante a gestação. assim como foi o carinho da fecundação. essa criança foi gerada de um amor puro e doce e terá uma vida tão doce quando o amor de seus pais. o amor de dois que resultará em mais um. deixam de ser uma dupla e serão um trio. não terá preço algum no mundo que retribuirá a sensação de ver aquela criança, com o traço dos dois, e segurar os pequenos dedos do bebê após o parto. e quando a criança chorar, vocês irão acalentá-lo de uma fraternidade que só conhecerá nos braços dos pais.
um filho, cara. uma criança para correr contigo e andar de skate. e quando levar o primeiro tombo, você será o primeiro a erguê-lo e incentivá-lo a tentar novamente. porque a vida é assim. porque você é assim. porque você me ensinou isso também.
um filho meu amigo. estou muito feliz por vocês.
*
para Adriano e Leidi e a feliz notícia da gravidez.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

pensamentos soltos.

pegou sua xícara de café, acendeu um cigarro e caminhou até a varanda do seu apartamento, onde olhou, de forma nostálgica, para a cidade que amanhecia lentamente. o relógio do hotel no centro da cidade marcava 05h43 e os seus olhos eram marcados por uma noite não dormida. o céu era uma mistura de cores entre a escuridão da noite passada e os raios solares que inundavam sua face, de forma que os olhos eram expremidos para focar em ponto único.
entornou um gole de café. de um trago profundo em seu cigarro. sentou-se a beira da cama e começou a ordenar seus pensamentos para um novo dia. ou menos um dia. sempre se perdia em meio a filosofia de ter um novo dia de vida ou perder um dia de vida. já que estar vivo era questão de perdas ou ganhos momentâneos, poderia e esperava que tudo mudasse de repente, e não mais que de repente.
não, não estava pessimista. era somente realista. suas piadas eram de um humor negro notável e um sarcasmo absoluto. preferia rir de uma tragédia. mas não da tragédia em si, mas do desespero alheio. eventualidades fugazes lhe entretiam porém, em breve tempo, já lhe esgotava qualquer resquício de uma risada que tenha sido riscada em seus lábios. era honesta pelo menos. dizia com franqueza o que pensava e não deixava em meias palavras ou nas entrelinhas...