"Pelo público, Amy foi recebida como um mito da nova geração. Fãs dedicados e uma plateia afoita por consumir a imagem de seu processo de auto destruição dividiam o mesmo espaço. O primeiro grupo vibrava a cada destreza vocal que superava em sua performace. O segundo, aplaudia todas as vezes que ela coçava o nariz ou levava à boca uma caneca cheia de algum líquido que usava ainda para gargarejar, como um alvo redundante de quem esperava por um vexame daquela figura de postura desengonçada."
Sim, eu estive lá. Eu vi a auto destruição de um talento. A decepção era coletiva e a minha só foi superada no final, com a música "Me & Mr Jones". As balançadas de corpo, a voz trêmula e as falhas nas letras cantadas demonstravam, nitidamente, a presença de bebida no sangue e cocaína, demonstração de coceiras no nariz constante.
Ela entrou no palco embaixo de aplausos de pessoas que estavam ali para ouvir suas músicas ou ter a experiência de vê-la antes de morrer. Cantou músicas melancólicas e poucas que fizeram o público clamar por mais. Foi apática.
E eu, como outros que lá estiveram, terão a oportunidade de dizer "eu vi Amy Winehouse antes de morrer". Ela ou eu.
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