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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

entre dois pontos.

entre dois pontos, existe uma reta. entre dois pontos, existe imperativos que afastam os pólos para horizontes distantes. entre dois pontos, há um vácuo, espaço, vazio, azul. entre dois pontos, existe coisas que poderíamos ter sido, ser e que seríamos, se não fosse a distante desses dois pontos. entre dois pontos, existe medo e pavor, o que mantém um dos pontos desconhecidos pela insegurança de se tornar conhecido. entre dois pontos, existe o que não podemos ver pelos vícios de nossos olhos, pelos vícios de nossos costumes, pelos vícios do frágil. entre dois pontos, não existe um ponto. não, não seria a união de três pontos. mas a proximidade de dois pontos e meio. o meio de dois pontos. entre dois pontos, poderia ter um meio. um meio de tudo ser mais simples, direto, reto. mas, entre dois pontos, existe mais que uma reta, um meio. existe coisas que existem para manter os dois pontos distantes. entre dois pontos, existe uma reta, um meio, um fim.



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