acordou como todos os dias de sua vida. quebrou um copo logo cedo. o ônibus parou no ponto errado. chegaria atrasada no trabalho e sem a chance de tomar café. estômago vazio até às 12h30... mas, incrivelmente, sentia uma felicidade boba, daquelas que se sente e não sabemos porque a sentimos. daquelas que nos faz reparar no sol e como o dia está bonito. o céu azul com suas nuvens brancas passando por trás de prédio cinzas e janelas que expõem suas cortinas esvoaçantes ao vento. o que teria aquele dia que a fazia se sentir diferente? estava tudo relativamente calmo... será que o tempo estava à seu favor? será que era seu dia de sorte, onde os pássaros cantavam sem mais nem menos... pensava sobre a escassez de palavras que lhe aflingira no último mês... ou escassez de tempo mesmo. sentia vontade de escrever, terceirizar seus sentimentos, suas querências, suas experiências... lhe faltava tempo. tempo para viver. a vida de adulto lhe cansava...
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