eram os olhos mais lindos que já havia visto. o preto profundo destoava com as ondas dos fios grossos de sua cabeleira. e seus lábios vermelhos se tornavam secundários, perto dos olhos redondos que me fitavam. a mão que deslizava pelo ar, levava o cigarro aos lábios vermelhos e voltava, dançando no espaço vago do invisível, em busca de aréolas de fumaça. ela me fitava, desviava os olhos que buscavam as aréolas e voltava o olhar para o ponto inicial, eu. ela queria. e eu também. e era impossível não sentir o arrepio que nos unia, feito eletroímãs.
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