vai, atende o telefone. eu sei que você está aí. poxa, estou aqui... o relógio girando e meus olhos fixos no teto. já passei por todos os canais dessa tv e não acho nada que preencha esse vazio que estou sentindo... também, procurar algo que preencha esse meu vazio em um quadrado que me deixa vegetando...
por favor, atende o telefone e converse comigo. sei lá, me diga como foi teu dia, como foi o trabalho ou se teve alguma nova inspiração. ou se, simplesmente, sentiu minha falta.
que essas horas passam e meus pensamentos já se tornam vagos... mas, como em um filme de pulsão, não consigo me desligar dos pensamentos. e muitos estão em ti. porra, senti tua falta. claro que senti. mas, estou tentando ficar bem e não fraquejar no orgulho próprio.
levantei da cama. olhando a cidade por essa janela, é como se o céu estivesse sob nossos pés. esses pontos de luzes claras estáveis e os flashes vermelhos, como cometas que passam de sopetão. fiz um pedido. não, não para um carro que parece um flash vermelho feito cometa. fiz um pedido para um cometa de flash vermelho fingindo ser um carro.
ah, não desliga. sei que estou falando um monte de coisas sem sentido. mas, poxa, estou aqui, divagando contigo e, certamente, estás com os olhos fechados e dando pouca atenção para esse momento de blá blá blá. não, eu sei que não são coisas bobas. são esses pensamentos noturnos e perdidos de um dia que devorou meus sentidos.
enquanto estou aqui, milhões de pessoas dormem. outras milhões estão acordadas. e há duas pessoas ligadas por um fio tênue... você e eu.
o amor causa sensações no nosso corpo tão estranha que nós sentimos a necessidade de estar sempre ao lado daquela pessoa que amamos sem ter um outro motivo aparente.
ResponderExcluirMaurício L. Zink