me engano. eu não estava nua. vestia um jeans surrado e uma camiseta modesta, que escolhi a dedo entre tantas outras. era um sábado à noite, você teria que voltar para sua casa e, de certa forma, odiei o tempo naqueles instantes. odiei o tempo enquanto te amava.
eu estava sentada na beirada da cama, de pernas cruzadas. lembro de esticar o braço até a estante de livros e retirar um com um texto erótico... não, ele não era erótico. ele era sensual. (será que, se o ler novamente para você, encontraremos nossos baixos pudores entre as páginas!?) eu estava sentada na beirada da cama e, você, havia escolhido o chão como o melhor lugar para apreciar aquela cena. lembro de você cruzar os braços sobre meus joelhos e descansar a cabeça sobre eles...
folheei o livro. encontrei o texto. e, no decorrer das palavras impressas, você abriu o botão e tirou o jeans que eu vestia. e, enquanto eu dizia "eu quero te comer Sofia", você me dedicava cunilingus da forma mais provocativa. "eu quero te comer Sofia. me diga onde e quando". e os sentidos se misturaram entre os gemidos de excitação, o tesão da cena memorável e as palavras do livro.
"eu quero te comer Sofia. me diga onde e quando".
ao som de La Boheme, Charles Aznavour.
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