poucas vezes uso os serviços de ônibus (acho cansativo, demorado, desconfortável e outros lástimas), sendo às vezes utilizadas para idas à casa de amigos ou trabalho de fim de semana.
dia 18 de abril, sábado, às 21h saiu do anhangabaú e pego ônibus na consolação. o dia está um pouco frio e é escuro o centro de são paulo, somente alguns transeuntes perdidos na noite paulistana ou à procura de algo, o que desperta um clima estranho no ar. não acho agradável andar pelo centro em horários noturnos.
quando o ônibus atravessa a rua xavier de toledo e, na esquina com o viaduto do chá, é possível vêr no cruzamento um par de moradores em situação de rua. um menino e uma menina, não devem ter mais de 16 anos. ambos estão cercando os transeuntes daquele lugar. os que estão em grupos, facilmente dispersão a atenção do par de moradores, mas os que andam solitários, não tem essa sorte. se contorcem para evitar o confronto com aqueles indíviduos. ao que vi, nada conseguiram.
no início da avenidade tiradentes, encontramos o centro comercial de cerimônias matrimoniais. as ruas estão vazias, poucos são os carros que trafegam aquelas quadras. o bairro: luz. o que vemos: nada. apenas algumas pessoas que passam pela avenidade, sem irem além daquelas esquinas. as lojas com suas portão fechadas, a luz dos postes com tonalidade baixa, deixam um clima suspeito no ar.
no início da avenidade cruzeiro do sul, existe um muro com um free style que chama a atenção: O AMOR É IMPORTANTE, PORRA. próximo ao terminal do tietê, as pessoas ainda embarcam na esperança de aproveitar o feriado prolongado de são paulo.
no decorrer do percurso, penso sobre a utilidade do ônibus para descobrir a realidade da cidade.
o que se percebe: ela pede ajuda em silêncio.
*foto por Samira Nagib.
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