textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



domingo, 4 de abril de 2010

novos ares.

ela se pega fazendo coisas que nunca havia pensado em fazer ou praguejava atitudes muito demodés. agora, vivia envolta em fotos no celular, pasta na caixa de e-mails, papo com os amigos, modos de pensar que achava ser de uma moral que abominava. agora, está imersa em um ciclo de ações que a deixa extasiada com um tipo de felicidade uno.
parecia diferente, aliás, 'essa moça tá diferente'. não queria arriscar tudo o que estava construindo. não deixaria desmoronar como um castelo de peças de Lego da infância já longíqua. estava madura, mais séria, mais comprometida, mas não perdia seu jeito de moleca. se perguntava porque não havia acontecido algo parecido antes. talvez, tudo tivesse seu tempo mesmo. queria gritar ao mundo que isso é possível e que é só se deixar levar pelo enredo do carnaval.
queria dizer aos amores livres que uma hora o amor é livre mesmo. livre de uma demagogia barata, onde o EU é mais forte que o NÓS. não que isso fosse ruim, mas descobriu que existe uma forma de não estar só em meio a multidão. poderia ser mais forte. mais completa.
gritar? descobria que não era preciso. mas deixar em silêncio é inútil. para que serve a sentimentalidade se é guardada do mundo? preferia agora, da forma discreta, onde o ESTAR FELIZ se encontra explícito nos olhos, a janela da alma. deixaria que os pássaros voassem em uma imensidão de sentidos e teria a certeza que tudo estaria bem no final. porque tudo acaba bem, quando tudo está bem.
claro que sabia que o caminho nem sempre é de gramas verdes, mas prepara os pés para caminhar, em que chão for. sempre com os pés no chão, mas com os sentidos livres para sorrir.

2 comentários:

  1. essa sensação de se sentir feliz e livre é única, não ter laços que prendem de uma forma que não nos deixa caminhar, como se sempre tivéssemos ancoradas em um único lugar. uma sensação de voar e poder ir onde quiser, mas também de poder voltar se quiser. isso acontece quando percebemos que nossa própria comapanhia nos é agradável.

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  2. É isso ai Sam, nunca sabe em que chão pisaremos, e nunca seremos os mesmos amanhã, talvez seja bom, talvez não. A unica coisas que sabemos é que todos os dias nos conhecemos um pouco mais.

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