estava ali, sentada na mesa do bar, com um copo de cerveja na mão que deixava marcas na mesa. estava sozinha, como se esperasse alguém ou se esperasse eu me aproximar para puxar papo. vestia uma camiseta com um desenho bobo, uma calça jeans e tênis. parecia não ser daquelas redondezas, mas sempre a via por ali.
fazia careta toda vez que bebia do conteúdo do copo. puxava o cabelo para trás. respirava fundo e tomava mais um gole. poderia ficar fazendo aqueles movimentos por diversas vezes. e eu poderia ficar ali, apreciando aqueles movimentos que faziam minha boca secar toda vez que o copo aproximava da boca.
ela olhava para os cantos, para o relógio. os badulaques no pescoço balançavam segundo a dança que seu corpo fazia quando se mexia. ela sacodia o pé impaciente. puxava os fios do cabelo teimoso que insistiam em esconder seus olhos. e sorria para o fundo do copo para olhar os dentes.
ela pede outra garrafa. ela faz outro brinde. ela beija o copo. minha boca seca. caminho sentido sua mesa. ela levanta os olhos. ela sorri. eu sorriu. ela diz:
- achei que você nunca viria.
Ai que perfeição.
ResponderExcluirNão canso de dizer que você é minha autora preferida........Saudades de você viu mocinha bonita!!!
Beijos
Deixei em abandono as palavras, as tuas e as minhas, não leio e nem escrevo, mas vc me dá de presente esse texto otimo quando resolvo sair dessa letargia, como posso eu continuar parada? peço desculpas pelo meu abandono, não só de mim, mas de voces.
ResponderExcluirleia e me diga q achas
http://planetakhazemy.blogspot.com/2009/11/com-quantos-copos.html
Menina de palavras bonitas!
ResponderExcluirDelicadas... como você me parece ser...
A delicadeza dos humanamente imperfeitos...
Beijo grande
Célia