segunda-feira, 29 de março de 2010
se...
domingo, 28 de março de 2010
no palco.
quinta-feira, 25 de março de 2010
peça que fique e ficarei.
segunda-feira, 22 de março de 2010
coisa chamada tcc.
sexta-feira, 19 de março de 2010
minha mãe.
me embalou em seus braços enquanto chorei, dizendo ao meu ouvido que nada poderia me assustar e que iria sempre me proteger. sabia o que eu queria só em abrir a boca e expandir a sonoridade do meu choro. fora as tantas vezes em que ela expôs minhas nádegas e, de certo, achava graça nas fraldas trocadas.
ela passou noites em claro comigo quando tive febre. ela cantou e suavizou meu sono por vezes infinitas. me disse para ser sempre forte e ter coragem para fazer o que gostasse e que fosse por vias serenas, eu poderia ser o que eu quisesse.
chorou quando chorei e riu quando ri. me deu a mão tantas vezes que cai e fez com que me erguesse para aprender que a vida é assim. me ensinou, desde pequena, que eu deveria tomar conta de minha própria pessoa, sem mimos de ninguém. sempre foi meu exemplo de independência, força, sabedoria, calma e amor. mesmo em dias onde seus olhos eram tomados pela ira e eu corria para não sentir o peso de sua mão, sabia que ela fazia o que era certo. afinal, ela é mãe e mãe é mãe e sempre está com a razão.
sou o que sou graças a ela. e agradeço por ter genes dessa pessoa incrível.
ela possui os braços mais quentes, a pele mais cheirosa, a face mais doce e as palavras mais perfeitas para o meu dia. ela faz com que eu seja a princesa de um castelo que nunca vi, de uma terra que nunca ouvi falar.
terça-feira, 16 de março de 2010
diálogo II.
olha para o vapor que sai da xícara de café pousada na mesa.
- nada mais pode ser perfeito como antes e, se fosse perfeito, não teria tido seu fim. talvez, tenha sido perfeito enquanto durou. mas tudo tem o dia do fim. tudo tem sua cota de existir.
- você deixou de me amar... quando isso aconteceu?
- eu não sei te dizer se deixei de te amar ou se cultivei um sentimento mais fraterno do que de amor-amante. só sei que, no dia em que percebi que já não sentia a mesma coisa, achei melhor colocar um ponto final nisso.
- eu te amo e sei que meu amor supri por nós.
- mas não posso permanecer com você enquanto faço amor com outra. você tem de entender que o que estou fazendo pode ser o melhor, por ora. e acredito que assim o seja. podemos continuar nos falando para saber como andam as coisas.
- eu não quero. se você não quer continuar comigo, não quero mais ver tua cara. como você pode me dizer que está fazendo amor com outra mulher?!
- estou. sempre lhe disse que daria minha sinceridade e não minha fidelidade. e a última vez em que dormi contigo, estava pensando nela.
- como você pode fazer isso comigo? e tudo o que vivemos? e os dias em que te fiz feliz? não significou nada?
- não seja tola. significou muito sim. minha gratidão será eterna pelos dias em que passamos, mas isso acabou. veja o passado como algo simples e não tentem complicar as coisas.
- eu não estou complicando as coisas. você simplesmente está me dizendo que está fazendo amor com outra mulher. como posso levar isso numa boa? dois meses atrás, você dizia que me amava e que queria passar anos da sua vida comigo. fizemos planos, compramos coisas para a casa... agora você me diz que não quer mais.
- eu lamento fazer você sofrer para ser feliz. mas não posso ser responsável pelo sentimento de alguém. eu preciso fazer isso, terminar com você, para continuar minha vida.
- eu sou um empecilho para você?
- não.
- então, por quê tem que terminar comigo para seguir sua vida?
- porque já não te amo mais.
domingo, 14 de março de 2010
atentar.
a prática do desapego poderia ser melhor aplicado
se as pessoas não atentassem tanto para a ausência.
terça-feira, 9 de março de 2010
diálogo.
- mas, se eu acender a luz, não vou conseguir dormir.
- e eu não consigo dormir com essa escuridão!
- mas você não dorme com os olhos fechados?
- durmo, oras. como todo mundo.
- então, porque acender a luz?
***
- por quê você está dormindo desse lado da cama?
- por quê? como assim por quê?
- é.
- você não está do outro lado?
- estou.
- e eu estou desse lado. ponto.
- mas você não pode chegar mais perto, dormir comigo de conchinha?
- por quê vocês mulheres gostam de dormir de conchinha?
- não sei. talvez, porque esteja frio. ou eu queira sentir teu corpo perto.
- mas eu estou perto.
- não. você está do outro lado da cama.
***
- você vai acordar cedo?
- sim. tenho uma reunião com meu chefe às 09h.
- hum. será que podemos tomar café juntos antes de você ir trabalhar?
- sim. fazemos isso todos os dias.
- eu sei. mas, amanhã, quero tomar um bom café da manhã com você. poderíamos ir naquele café que tem aqui embaixo do prédio.
- tudo bem, então. mas, o quê você tem? está estranha.
- não tenho nada. só quero ficar com você.
- mas está comigo faz tanto tempo!
- mas, às vezes, você não está comigo.
- ih, que foi dessa vez? como assim não estou com você?
- sinto como se tivesse algo, tipo um muro entre nós.
- deve ser impressão tua.
- pode ser bobeira mesmo. ou estou sentido falta daquele cara com quem casei.
- mas ainda sou o mesmo.
- ou eu já não sou a mesma e você não notou.
***
relacionamentos são complicados ou complicamos os relacionamentos?
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domingo, 7 de março de 2010
olhares turvos.
sábado, 6 de março de 2010
cobertor de tua pele
quarta-feira, 3 de março de 2010
ao acaso.
Pular do trem sem pensar só pra te abraçar