textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



domingo, 28 de março de 2010

no palco.

não me leve a mal, mas os dias passados foram deixados de lado muito tempo antes do que já se imaginava. sem lamúrias, lástimas ou dúvidas sobre o futuro, os caminhos da vida se formam com nossas decisões do agora. eu tomei a minha decisão e sigo firme com ela. com o passar dos dias, se apresenta mais forte e não há indagações sobre o que fiz poderia ter sido errado. foi o meu certo. o meu.
claro que sinto por ter uma outra pessoa na história. mas acabamos encenando os personagens que queremos. eu vesti meu figurino, encenei minhas falas e fiz as lógicas corpóreas. recebi flores, aplausos, lágrimas, me emocionei. mas quando meu personagem sai de cena, ele deixa um pensamento de que cumpriu o que veio fazer. não deixou nada para trás e não esqueceu uma só fala. mas seu texto acabou e era hora deixar o palco para outros personagens. não adiantaria permanecer ali, estático, como enfeite. era necessário deixar o palco ainda no clamor do público que me adorava.
isso é a vida. é saber quando entrar em palco no momento exato e quando sair dele também. é saber deixar seu personagem com um gosto de quero mais para o público e, esses sabendo que não haverá mais apresentação, irão guardar os melhores momentos na memória. isso é a vida. é saber aproveitar o palco enquanto é teu, porque isso acaba.

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