textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



sexta-feira, 19 de março de 2010

minha mãe.

ela me gestou durante 09 meses, suportando o peso em sua barriga sem nunca reclamar e, quando me viu pela primeira vez, me recebeu com um largo sorriso e o calor de seu abraço.
me embalou em seus braços enquanto chorei, dizendo ao meu ouvido que nada poderia me assustar e que iria sempre me proteger. sabia o que eu queria só em abrir a boca e expandir a sonoridade do meu choro. fora as tantas vezes em que ela expôs minhas nádegas e, de certo, achava graça nas fraldas trocadas.
ela passou noites em claro comigo quando tive febre. ela cantou e suavizou meu sono por vezes infinitas. me disse para ser sempre forte e ter coragem para fazer o que gostasse e que fosse por vias serenas, eu poderia ser o que eu quisesse.
chorou quando chorei e riu quando ri. me deu a mão tantas vezes que cai e fez com que me erguesse para aprender que a vida é assim. me ensinou, desde pequena, que eu deveria tomar conta de minha própria pessoa, sem mimos de ninguém. sempre foi meu exemplo de independência, força, sabedoria, calma e amor. mesmo em dias onde seus olhos eram tomados pela ira e eu corria para não sentir o peso de sua mão, sabia que ela fazia o que era certo. afinal, ela é mãe e mãe é mãe e sempre está com a razão.
sou o que sou graças a ela. e agradeço por ter genes dessa pessoa incrível.

ela possui os braços mais quentes, a pele mais cheirosa, a face mais doce e as palavras mais perfeitas para o meu dia. ela faz com que eu seja a princesa de um castelo que nunca vi, de uma terra que nunca ouvi falar.

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