quando o toque do despertador me fez acordar essa manhã, olhei para o lado e te vi em profundo sono. ao mesmo tempo em que quis te despertar, fazer carinho e te aquecer com meus beijos, olhei pela janela do apartamento e vi que o tempo estava tão frio e o céu tão branco, que não poderia fazer isso com você. puxei o edredom e cobri os teus braços que estavam ao toque da brisa gélida.
com coragem, ergui meu corpo da cama e fui acordar com um banho. a água morna caia sobre minha pele que ainda exalava teu cheiro, teus beijos, teu corpo no meu. me sequei e voltei para o quarto, na tentativa de combater o frio que pairava com as minhas roupas que estavam lançadas na cadeira de madeira: peças íntimas, calça jeans, camisete, uma blusa de algodão e um lenço. ah, os meus lenços que você tanto teme agora, não?!
você, ainda sonolenta, abre lentamente os olhos e me demonstra um sorriso cálido e com toda a preguiça exposta em si. me puxa e deito novamente. em teus braços, tenho um leve cochilo aquecido pela pele de teu corpo. teus braços envolvem meu braços em um círculo de carinho. tuas pernas que se emaranham com as minhas na tentativa de unir os pés. teus fios de cabelos que saltam desse berço capilar e que fixam em minha pele a tua presença por esses caminhos delimitado por veias.
o vento que bate na janela ecoa o som pelo apartamento. os vasos de plantas no terraço do prédio vizinho dançam como se fosse livres de raízes e cantam um som que desconheço.
você ainda permanece sonolenta. me ponho em dúvida se devo partir para meu dia de trabalho ou devo voltar para a cama e te fazer companhia nesse manhã fria.
Que nitidez...
ResponderExcluirQue inveja.
Beijo grande