textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

aos meus anos que vingam o destino.

é engraçado pensar como os anos são de uma fragilidade tal como uma simples folha que, com um vento mais forte, se desprende do galho. como os anos passam tal como um grão é levado de volta para o mar quando a onda bate. como as folhas dos calendários são despregados com uma desatenção tão ríspida que somente notamos no último dia do ano.
a vida é feita de ações, fatos, atos e reflexões. não podemos deixar de refletir sobre as instabilidades e estabilidades que a vida proporciona a cada novo dia e a cada novo pensamento. são questões ímpares que acometem nossos pensamentos no calor do momento ou na tristeza da lembrança. as coisas vem. as coisas vão. e não como objetos de desejo ou bibelôs. são proporções dimensionadas por um destino (talvez) já traçado em algum livro de histórias de vida. pode-se mudar isso tal como mudamos o gosto por um novo filme?
temos nossas atenções voltadas para o universo que se centraliza em nosso umbigo. e dele, surgem outros universos que possuem outros universos... os universos de pessoas que nos rodeiam e nos mostram como a vida vale a pena. por mais que tenhamos dias onde o vento sopra mais forte e apaga nossos vestígios. todos esses universos são detentores de valores únicos e somente sabe-se desse valor aqueles que lhe pertencem ou quando se perde. não há moeda financeira, social e mental que pague. somente a moeda afetiva sabe a dimensão e preciosidade que cada universo tem.
não se pode comprar em lojas de conveniências, de atacado ou bazares. são dadas de graça pelas ruas, calçadas, caminhadas, pelas graças de se ter graça. nota-se quando há um universo precioso quando este lhe sorri. e desse sorriso, o trocou ou o sinal de interesse, é remetido por outro sorriso, que se alimenta de sorrisos e só assim.
os meus anos me trazem melancolia de uma vida vivida, apesar dos poucos anos que se concretiza. são sentimentos melancólicos que extirpam minha fragilidade e me deixa em retalhos, tal como um copo descartável.
que meus anos vinguem desfecho brutal que o destino traz.
aos meus anos de vida. e somente à eles.

Um comentário:

  1. Meu universo sauda o teu pelos anos transcorridos, pelos caminhos passados, pelas conquistas batalhadas, pelo carater construido, pelos afetos adquiridos e pelos sorrisos conquistados. Vida longa. :)

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