"Andei pensando nesses extremos da paixão, quando te amo tanto e tão além do meu ego que - se você não me ama: eu enlouqueço, me suicido com heroína ou eu mato o presidente. Me veio um fundo desprezo pela minha/nossa dor mediana, pela minha/nossa rejeição amorosa desempenhando papéis tipo sou-forte-seguro-essa-sou-maiseu. Que imensa miséria o grande amor - depois do não, depois do fim - reduzir-se a duas ou três frases frias e sarcásticas. Num bar qualquer, numa esquina da vida."
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"Podia falar de quanto te vi pela primeira vez sem jeito, de repente, te vi assim, como se não fosse ver nunca mais. e seria bom que eu não tivesse visto nunca mais. porque de repente vi outra vez, e outra, outra, e quando eu te via, nascia um jardim de flores em minha face..."
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Caio Fernando Abreu (12set1948 - 25fev1996).
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