confesso que minha maior utópia seria viver do que escrevo. diversas pessoas já leram meus textos, contos e blábláblás, se sempre o elogiam, independente se triste ou alegre, eles são bens aceitos.
em tempo sem grana, vejo que a carreira de sociólogo é por amor mesmo, porque grana não dá. aliás, até dá. se você for filho de um burguês e não trabalhar, dedicando seu tempo livre para fazer cursos e estudando. não chamo de sorte, mas minha chance não é essa. não parei de estudar desde que entrei na escola. segui de um para outro. ensino fundamental, ensino médio, curso de árabe e faculdade. sequência louca de livros, informações e neuras que me fazem ser o que sou: viciada em leitura e informação. mas sempre em escola pública, cursos gratuitos e, somente agora na faculdade, passei dois anos pagando pelo curso. feliz agora que sou bolsista do governo e não pago mais a mensalidade, contudo, lá se vão meus fins de semana... paciência.
ok, não estou reclamando. somente digo que isso me faz ser mais forte. dar valor ao que tenho porque o consegui com meus esforços, sem graça de ninguém. e apoio moral não paga conta, então...
quando entrei na faculdade, minha mãe cogitou se eu estava escolhendo o curso certo. supus que sim. e vejo que não há mercado para a área de sociologia. ou é indicação de alguém ou filho de alguém. filha de uma morena linda, não tenho apadrinhamento de ninguém de alto financeiro.
nada foi fácil, mas suposto que deve ter coisas piores, não vou reclamar da minha caminhada. talvez me dê um animo maior para entender e valorizar algumas coisas.
minha maior utópia: me sustentar do que escrevo.
meu maior sonho: o doutorado na Síria.
o que quero agora (e vou conseguir): outro emprego ou estágio em sociologia.
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