textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

na marquise da folia.

o bloco passa. passa gente de toda gente. passa homem e mulher. passa mulher e homem. criança e idoso também pode passar. na marquise da folia passa todos que tem vida. passa até aqueles que querem o fim depois da marquise.

a colombina anda por meio do samba em busca do seu arlequim. atrás de si, vem sempre o pierrot, que procura em seu amor a mais breve esperança de viver essa doce ilusão carnavalesca. colombina caminha pela euforia dos transeuntes com o olhar triste. o olhar que ninguém percebe. seus olhos brilham com as firulas, mas são as águas salinas de seus olhos que refletem o brilho das luzes. as pessoas dançam, cantam e sorriem. e ela responde com seu sorriso vermelho dos lábios, mas anda perdida naquela maré de gente que se perde pelas ruas da cidade. pierrot, com todo seu amor dentro de sua fantasia, procura pelo amor naquelas ruas, naquelas pessoas perdidas e que logo esqueceram dos dias de folia. arlequim, que gosta da diversão e da alegria, deixa para outros dias a atenção que cederia para sua querida colombina.
colombina que ama arlequim e que é amada por pierrot, dono de um amor que não é respondido. seria esse o enredo de todo carnaval? seria esse o enredo de muitos foliões que deixam nas ruas do carnaval qualquer lembrança passada para ser levada com o som dos atabaques?

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