textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

respostas que não tenho.

queria ter as respostas para as dúvidas que brotam em meus pensamentos. as respostas que facilitariam não somente minha vida, mas a sua também. não quero fazer com que minhas caraminholas, por osmose, tomem conta de outra cabeça, que não a minha. as dúvidas são minhas, e somente minhas. não irei prolongas dolores ou questões que possam infelicitar ambas as partes. mas quero manter um laço fraterno antes que tudo se torne ruína. minha ruína, e somente.
o tempo passou e me agregou muitas coisas sim, isso aconteceu. mas sei que chegamos em um estágio de tudo onde decidir sobre o futuro era o que guiaria o restante de nossas caminhada paralela. mas, senti por tantas vezes que, de outras pessoas, os comentários surgiam e que havia algo que pairava sobre nossas querências que isso me desgastou muito. isso, achei a palavra para definir os meus pensamentos: desgaste. não desgaste do amor, mas desgaste do todo que era envolto em nós. não foi erro seu ou meu, mas de ambas as partes, onde deixamos que a vida de outrem se tornassem parte da nossa também.
o sexo era pensado e feito de forma silenciosa, para que o quarto ao lado não fosse incomodado. o espaço da casa foi reduzido ao quarto para que o outro não se sentisse mal nisso. era um caminho já memorizado: porta de entrada, passada rápida pela sala e permanência no quarto. e lá ficavamos com a porta fechada, tentando não ser interefido abruptamente por outras pessoas. nossa vida paralela se tornou paralela com o bem estar de outros, e esquecemos de nós.
o nós que deixou de encontros esporádicos no final da tarde para um café. parece que sempre havia algo que interrompia nossos planos. era um emaranhado de conspirações secretas e despercebidas que afastaram e nos deixaram distante.
você sente frio com o distanciamento e eu, por diversas vezes, me senti só no meio de todos. mas nunca pude falar sobre isso. porque eram os seus e não os meus.
agora estamos no ponto de decisão entre a exaustão ou mais uma tentativa de melhoria.
são respostas que não tenho.
teremos de descobrir em par. ou ímpar.

Um comentário:

  1. nem sempre as resposta são falados ou escritas, elas nascem tbm do olhar, do silencio, ela tem muitas formas.

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