domingo, 18 de dezembro de 2011
os nãos-finais
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Lolita e dr. Humbert
sábado, 15 de outubro de 2011
três marias.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
escassez.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
padaria.
não, eu não quero te dizer que está tudo bem. está tudo bem, mas você não faz parte da minha vida e não quero te contar como as coisas estão diferentes. também, não quero dizer que senti tanta falta de ti em alguns dias, que acabei cometendo um homicídio sentimental contra tudo o que você representava para minha pessoa. cometi um homicídio simples, sem que o sentimento (a vítima) tivesse defesa, porque estava ali, prostado, suplicando pelo seu fim antes que fosse tomado por uma avassaladora amargura que o deixaria eterno indolor, ranzinza e cinza.
seguimos assim. tão perto e tão longe. como deixamos ser. como deve ser. como deve ser.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
5 linhas
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terça-feira, 23 de agosto de 2011
manchas amarelas.
- aonde?
- onde pousarem.
- em todos os lugares?
- em alguns lugares onde elas serão eternizadas.
- assim como aquelas manchas amareladas dos livros?
- assim como aquelas manchas amareladas da vida.
- e não há o que fazer para impedir essas manchas?
- não. elas estão no vento, em toda parte.
- eu não queria ter manchas amareladas nos livros.
- eu não queria ter manchas amareladas na vida.
- mas é diferente. uma folha de papel não se pode molhar. não há como tirar as manchas amareladas.
- e duvido que dê para tirar manchas amareladas da vida.
- mas, na vida, as manchas estão na alma... e, não são, necessariamente, manchas eternas. são manchas saudosas, carregadas de mazelas, nostalgia, neuralgia.
- as manchas amareladas são moléstias da alma.
- não, não são da alma. são do tempo. do tempo em que você cultiva essa mancha amarelada.
- e como não cultivar manchas amareladas na alma?
- deixe a alma em constante movimento. e não como um livro em uma prateleira. não como um objeto que você deixa em um canto por ter apreço e não querer danificar. deixe a alma em movimento.
ps: para Patrícia Dante.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
entre dois pontos.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
porta aberta.
não, não tracei o nosso destino. ele já estava escrito antes de nascermos. estivemos em alguma constelação durante a vida passada. orion ou cruzeiro do sul? alguma que ainda não foi captada pelas grossas lentes dos astrônomos e nossos olhos nus? fizemos parte de algum buraco negro?
o quê? desculpe, estava atenta à ideia de vir de um lugar longe daqui... e para onde vamos afinal? iremos nos encontrar novamente? e se não nos encontramos? devo lhe agradecer agora sobre todos altos e baixos que passamos juntos? ok. obrigada. por todos os altos e baixos dessa vida. paguei meu carma com você. se paguei... e foi um carma pesado. ok. nem tão pesado assim. você ficava leve quando estava sobre meu corpo. e não me chateava quando ligava às 03h depois de encher a cara com os amigos. isso não foi o baixo de nossa relação... o baixo foi ter amado você e ter pensando sobre um futuro azul ao seu lado... pois é... o amor nem sempre é tão azul.
não, não deixe a porta aberta. eu não quero arriscar minha sanidade com você.
domingo, 17 de julho de 2011
tristeza.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
vou me embora.
vou para longe, para um lugar onde eu me encontre, onde somente o vento me encontre, onde ninguém me encontre.
vou para um lugar onde o meu amor me esqueça e me desfaça, já que não lhe sou mais graça e só desgraça.
vou me embora por caminhos onde nunca andei, por vidas que nunca acreditei, por pensamentos que nunca vaguei.
vou me embora desse mundo, já que não lhe sou mais útil.
terça-feira, 21 de junho de 2011
tempo previsível
deixamos de nos amar? deixamos de querer a presença do outro? ou deixamos de fazer esforços para isso acontecer? deixamos isso acontecer. é isso. não há um culpado. somente a ação feita por um e aceita pelo outro. logo, ambos deixamos que isso acontecesse. ambos fomos expectadores da nossa própria peça teatral, sem sermos mais os personagens principais.
e o que teremos agora? bem, o que teremos agora será uma mera e doce lembrança das coisas fantásticas que foram vividas. sem mágoas, mas com os modos que já sabemos como serão. você sabe e eu sei. ainda existe a paixão? sim, existe. mas ela deixou de existir quando deixamos de ser importantes um para o outro.
terça-feira, 31 de maio de 2011
sua falta...
mas a questão é que sinto sua falta. sinto saudade. sinto um vazio aqui. sinto falta de uma porção de coisas... mas sinto falta do principal: de ter você por perto. e mesmo que o perto seja o distante, eu já tive você mais perto. mais próximo do meu calor... sinto falta das mensagens durante o dia ou mesmo aquelas que vinham em horários que não deveriam vir. sinto falta de suas ligações banais só para saber como estou ou ouvir minha voz. ou mesmo aqueles encontros rápidos, aquelas descidas de ruas, aqueles momentos em que nos pegávamos desviando de folhas ou dividindo um mesmo gole de água...
sinto sua falta.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
desconhecido.
entre um passado que foi vivido, foi chorado e está entre os arquivos pessoais à ser esquecido, o rosto desconhecido se encontra entre todas as lembranças que devem ser guardadas em alguma caixa de madeira de nossa memória. você estará sempre, mas embaixo de outras centenas de lembranças que me farão não mais querer remexer em nada.
absolutamente nada. nenhum contato virtual, telefônico, pensamento. ou visual. lembrar é natural e acontece, principalmente, em algumas ocasiões que foram compartilhadas. mas, hoje, as faço como um photoshop, você é retirada de cada possível lembrança que possa surgir. não, não que eu queira esquecer o passado, mas quero guardá-lo em um lugar onde ele não venha mais à tona. impedindo que ele se misture com o presente ou com as coisas vividas. sim, aposto que lembras de minha pessoa em algumas ocasiões, alguns lugares ou em algumas músicas. mas são lembranças passageiras que são tomadas por lembranças presentes. e assim devem ser. como dizem alguns psicólogos: é a morte sombólica.
assim, ficamos como estamos: quando nos vemos, quando estamos em um mesmo espaço, em uma mesma fila de padaria, passando por uma mesma rua, somos meramente desconhecidas, cada uma em sua mera vida, esplêndia em seu dia.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
aceita?
quinta-feira, 12 de maio de 2011
c.f.a.
“Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar. Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.”
Caio Fernando Abreu.
sábado, 7 de maio de 2011
amores e homeopatia.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
vez ou outra.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
vinho tinto suave.
sexta-feira, 18 de março de 2011
triste fim.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
sonhei com você.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
c.f.a.
Domitila.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
devaneios viciantes.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
mapa astral.
"onde?". e recebeu um sorriso aberto como resposta. uma resposta que poderia ter sido substituida por palavras. mas que fora suspensa no ar ou em algum papel de mapa astral guardado em alguma gaveta de documentos. "existe você em meu destino". era o que aqueles olhos diziam mas sem emitar nenhuma sonoridade.
por alguma brincadeira da vida, os caminhos estavam já traçados para se cruzarem, mesmo que fossem repentinos, repetidos e dilaceradores. nunca consultara mapa astral, somente consultas on-line que achava na internet em tempos vagos. nunca ouviu falar de peixes em seu mapa astral. talvez, se houvesse, estaria na linha do inferno, da loucura ou da incerteza.
"existe uma linha quase imperceptível que diz que morri no dia em que te conheci".
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
aos meus anos que vingam o destino.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
lorota - esp 2011
e a minha turma que sai
já se perde as contas de quantas pessoas cá conheci
e quantas outras ouvi falar
e outros que nem me arrisco em lembrar.
aqui há lendas, lembranças e possibilidades.
lendas de um casarão encantado,
seu falecido e jamais esquecido abacateiro e
cavalheiro de uma terra literária.
lembranças de festas, aulas e situações que marcaram
os caminhos dos sociólogos,
dos pseudo-sociólogos e amigos afins.
e possibilidades de expansão de conhecimentos,
novidades, relações sociais e simplicidade.
por estes caminhos que hoje se apagam atrás de um monstro de concreto,
se esconde assembléias, as preguiças e a sombra de uma árvore que existia.
a sociologia brasileira por cá nasceu.
e foi crescendo conforme as inspirações e expirações fantásticas
dessas cabeças mirabolantes.
sociólogo não fica rico. sociólogo fica depressivo, alcoólatra e amigo.
e, principalmente, se torna um observador de uma sociedade quase invisível.
domingo, 16 de janeiro de 2011
a auto destruição de Amy.
"Pelo público, Amy foi recebida como um mito da nova geração. Fãs dedicados e uma plateia afoita por consumir a imagem de seu processo de auto destruição dividiam o mesmo espaço. O primeiro grupo vibrava a cada destreza vocal que superava em sua performace. O segundo, aplaudia todas as vezes que ela coçava o nariz ou levava à boca uma caneca cheia de algum líquido que usava ainda para gargarejar, como um alvo redundante de quem esperava por um vexame daquela figura de postura desengonçada."
Sim, eu estive lá. Eu vi a auto destruição de um talento. A decepção era coletiva e a minha só foi superada no final, com a música "Me & Mr Jones". As balançadas de corpo, a voz trêmula e as falhas nas letras cantadas demonstravam, nitidamente, a presença de bebida no sangue e cocaína, demonstração de coceiras no nariz constante.
Ela entrou no palco embaixo de aplausos de pessoas que estavam ali para ouvir suas músicas ou ter a experiência de vê-la antes de morrer. Cantou músicas melancólicas e poucas que fizeram o público clamar por mais. Foi apática.
E eu, como outros que lá estiveram, terão a oportunidade de dizer "eu vi Amy Winehouse antes de morrer". Ela ou eu.