textos de própria autoria, de própria vida. minha vida, sua vida, nossa vida.



sábado, 31 de janeiro de 2009

.como gatos vadios.

como gatos vadios, prefiro o meu tempo noturno. a insônia se tornou minha maior companheira, dona de meus pensamentos e inspirações. tenho descoberto minhas palavras a noite, quando melhor estão amaciadas pelo dia, e carregadas de idéias vividas.

sempre me dei bem com as palavras. de pequena, a leitura me fazia imaginar atos/fatos/atores que só poderiam existir na minha imaginação. como cantado numa música pela elis regina: "
Como um conto de fada tem sempre uma bruxa pra apavorar. O dragão comendo gente e a bela adormecida sem acordar. Tudo que o mestre mandar e a cabra cega roda sem enxergar. E você se escondeu, e você esqueceu... (jardins da infância)". lembro da biblioteca do bairro que morei quando pequena, como outras instalações públicas, eram sóbrias e frias. mas a adorava! toda semana, eram três livros que me acompanhavam quando saia de lá. quantos livros será que já li? ...

sempre gostei muito das palavras. de suas estéticas e graças. podem ser charmosas e, quando bem usadas, uma pode dizer mais que uma frase inteira. as palavras, quando minhas, tomaram liberdade de dizeres sobre tudo e nada, uma mistura de sentidos.

nesses dias, algumas me fugiram. como gatos vadios notívogas, foram para o lado de alguém que as tenha raptado (diga-se de passagem). tratadas com respeito, carinho e diversão, foram levadas à passear! enquanto eu ficava aqui, preocupadíssima de seus paradeiros! e lá estavam elas, despreocupadas e leves por aí, na companhia de outrem... as invejo. as invejo por essa liberdade exagerada de irem sem se importar. de serem agraciadas sem minha presença.
mas estão de volta. mas logo, serão elas a me invejar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Outros dizem...